O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, acusou nesta sexta-feira (30) a China de “violar totalmente” o acordo de trégua comercial firmado em 12 de maio, durante negociações em Genebra. O pacto previa uma redução drástica das tarifas bilaterais durante um período de 90 dias, com o objetivo de dar fôlego às negociações sobre comércio entre os dois países.
Segundo o republicano, os EUA deveriam reduzir suas tarifas sobre importações chinesas de 145% para 30%, enquanto a China tinha que cortar suas taxas sobre produtos estadunidenses de 125% para 10%.
Trump classificou a combinação, prevista para durar até 12 de agosto de 2025, como uma “vitória assimétrica” para os EUA, afirmando ter feito um “acordo rápido” para “salvar a China” de um colapso econômico iminente.
Em postagem na rede Truth Social, Trump escreveu: “Por causa desse acordo, tudo rapidamente se estabilizou e a China voltou ao normal. Todos estavam felizes! Essa é a boa notícia. A má notícia é que a China, talvez não surpreendentemente para alguns, VIOLOU TOTALMENTE o acordo conosco. Adeus ao Sr. Bonzinho!”
A reação veio após o secretário do Tesouro, Scott Bessent, dizer na noite de quinta-feira (29) que as negociações estavam “um pouco paradas”.
O pronunciamento de Trump teve efeito quase imediato sobre os mercados. Os futuros do S&P 500, que operavam estáveis, recuaram 0,5% após a publicação. O índice vinha em alta de quase 5% desde o anúncio da trégua, embalado pela suspensão de tarifas adicionais promovida por Trump em abril.
Até o momento, a embaixada chinesa em Washington não comentou as acusações feitas pelo presidente dos EUA.
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