As ações da MicroStrategy (MSTR) sofreram uma grande queda após o horário de pregão na última segunda-feira, com um recuo de 46% em relação ao pico de novembro.
Somente ontem, 30 de dezembro, as ações da empresa fecharam com uma correção de 8,2%, a US$ 302,96, o menor valor desde o início do mês assado.
Após o fechamento do mercado, o preço continuou em queda, atingindo US$ 293,59 em negociações no after-market.
Embora a MicroStrategy tenha registrado um crescimento de 342% no valor de suas ações no ano, impulsionado pela valorização de 121% do bitcoin (BTC), a trajetória de alta foi interrompida após o pico intradiário de US$ 543 em 21 de novembro.
Compras de bitcoin e temores do mercado
Atualmente, a companhia segue aumentando suas reservas de BTC, adquirindo 2.138 BTC na semana passada, o que elevou seu total para 446.400 unidades da cripto número um.
Além disso, a empresa foi incluída no índice Nasdaq 100 em 23 de dezembro.
No entanto, essas ações não conseguiram dissipar as dúvidas sobre a sustentabilidade da estratégia financeira da companhia, que tem causado instabilidade após o anúncio do plano “21/21” em outubro, cujo intuito é levantar US$ 42 bilhões nos próximos três anos para continuar as aquisições de bitcoin.
A proposta é basicamente a emissão de US$ 21 bilhões em ações e US$ 21 bilhões em títulos de dívida.
A MicroStrategy também sugeriu aumentar a quantidade de suas ações ordinárias Classe A em 10 bilhões e suas ações preferenciais em 1 bilhão, algo que fez críticos apontarem para o risco de diluição para os acionistas existentes.
Nick Ruck, diretor da LVRG Research, por exemplo, falou sobre os problemas desse movimento, afirmando que, caso a empresa compre mais BTC, os acionistas podem ver suas participações diluídas, mas, se optar por não aumentar suas aquisições, isso poderia sugerir uma estagnação de sua principal proposta de valor.
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