Amazon, Meta e Walmart estudam stablecoins para driblar bandeiras

Amazon, Meta e Walmart estudam stablecoins para driblar bandeiras
Imagem destaque: ChatGPT

Amazon, Walmart e Meta voltam os olhos para as stablecoins em busca de agilidade nos pagamentos e menos dependência das bandeiras tradicionais. Mas o Congresso dos EUA também está de olho.

⚡ Dinheiro na rede: menos taxas, mais velocidade 

A ideia não é nova, mas agora parece mais madura: grandes varejistas estadunidenses e empresas de tecnologia querem lançar suas próprias stablecoins. Segundo o Wall Street Journal, Amazon, Walmart e Expedia estão estudando alternativas para cortar os custos com cartões — e os números são pesados.

Toda vez que uma compra é feita com cartão de crédito, 1% a 3% do valor vai para redes como Visa e Mastercard. Em escala bilionária, isso gera um rombo que as empresas querem eliminar usando tokens estáveis e de liquidação quase instantânea.

Amazon coin? Meta coin? 

A Amazon estaria nos primeiros passos de um projeto voltado a pagamentos online com stablecoin própria. Ao mesmo tempo, existe uma segunda opção em discussão: uso de stablecoins externas, operadas por um consórcio de comerciantes com uma emissora em comum.

No caso da Meta, o movimento já é público. A empresa liderada por Mark Zuckerberg está conversando com plataformas cripto para criar um sistema de pagamentos internacionais com stablecoins, com foco nos criadores de conteúdo que recebem pelo Instagram.

A ex-executiva da fintech Plaid, Ginger Baker, agora comanda os planos cripto da Meta e também integra o conselho da Stellar Foundation — o que pode apontar um interesse maior na blockchain da Stellar (XLM).

👀 O retorno da Meta às criptos 

Depois do fiasco do Libra/Diem, projeto barrado por reguladores globais, a Meta tenta voltar ao jogo com mais cautela. O novo plano mira pequenos pagamentos internacionais, como transferências de US$ 100 a criadores em países com barreiras bancárias — tudo com o menor custo possível.

Ainda não há uma stablecoin favorita, mas a Circle (USDC), por ser regulamentada, pode ser uma das envolvidas nas conversas.

 🧩 GENIUS Act: a peça que falta no quebra-cabeça

O avanço dessas iniciativas depende da aprovação da GENIUS Act, legislação que cria um marco regulatório para stablecoins nos EUA. A proposta já passou por uma etapa inicial no Congresso, e o voto final no Senado está marcado para 17 de junho.

Enquanto isso, os grupos comerciais Merchants Payments Coalition pressionam pela aprovação, alegando que a medida abriria espaço para concorrência contra as gigantes dos cartões e reduziria os custos para consumidores e lojistas.

👨‍⚖️ Meta na mira dos senadores americanos

Mas nem tudo são flores. O possível retorno da Meta ao mercado de stablecoins está sendo questionado por parlamentares dos EUA. Os senadores Elizabeth Warren e Richard Blumenthal enviaram uma carta a Zuckerberg, cobrando explicações sobre a atuação da empresa durante a criação da GENIUS Act.

Para eles, a lei abre margem para que big techs lancem moedas digitais sem fiscalização suficiente — o que pode ameaçar a concorrência e a privacidade financeira dos usuários.

⚠️ Conflitos de interesse e pressão política

As suspeitas não param na Meta. Os senadores também querem investigar os vínculos entre a stablecoin da World Liberty Financial (WLFI) e aliados do presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Documentos públicos apontam conexões entre a WLFI e financiadores ligados ao entorno do republicano, o que poderia levantar dúvidas sobre benefícios financeiros indevidos caso o ativo ganhe tração.

Além disso, o Senado está em busca de registros de investimento da MGX, empresa sediada nos Emirados Árabes, e quer acesso a conversas entre executivos da Binance, MGX e membros da Casa Branca.

Estabilidade é o novo nome do jogo?

O interesse por stablecoins vai muito além de hype. Para empresas com operação global, liquidação rápida, corte de taxas e eficiência logística podem ser vantagens concretas — principalmente em tempos de margens apertadas e competição acirrada.

Mas, ao mesmo tempo, o movimento reabre o debate sobre poder das big techs, riscos à soberania monetária e a privacidade dos usuários. A decisão final está com o Congresso — e o mercado observa com atenção.

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