Um estudo intitulado ‘Adoção da Moeda Digital Brasileira no Mercado Empresarial’, conduzido pela Protiviti Brasil em colaboração com a MD8 Consulting, destacou que apenas 35% das empresas em solo brasileiro estão ativamente se preparando para a implementação do DREX.
No entanto, 75% dos entrevistados reconhecem a necessidade urgente de se preparar para não perder vantagem competitiva, enquanto 60% afirmam ter iniciado esforços para compreender os impactos da nova moeda digital em seus negócios.
Alexandre Tamura, diretor de Data Regulation da Protiviti Brasil, ressalta que, apesar do reconhecimento da importância do DREX, a adoção prática ainda enfrenta desafios devido à ausência de um framework regulatório claro sobre a tokenização, previsto para ser divulgado no primeiro semestre de 2025.
“Neste cenário, a preparação antecipada e a busca por informações e suporte serão vitais para que as empresas se posicionem adequadamente quando o DREX se tornar uma realidade”, explica Tamura.
Entre as principais preocupações das empresas para a adoção do DREX e a tokenização, 65% destacaram a segurança como uma prioridade.
Adicionalmente, quase 50% dos participantes expressaram preocupação com a disponibilidade de profissionais qualificados.
“Investir em TI e governança, além de implementar programas de treinamento e desenvolvimento, será importante para garantir que as empresas operem de acordo com as melhores práticas de mercado”, ressalta Tamura.
58% das empresas acreditam que a tokenização proporcionará produtos e serviços financeiros mais eficientes, seguros e acessíveis, beneficiando tanto instituições financeiras quanto consumidores.
Além disso, 75% dos entrevistados estão otimistas quanto ao fato de que o DREX abrirá novas oportunidades para o desenvolvimento de produtos e serviços financeiros inovadores.
Marcelo Deschamps, especialista em Finance and Regulation da MD8 Consulting, acredita que a introdução da moeda digital está prestes a transformar o cenário econômico brasileiro.
“Entender como as empresas estão se preparando para essa mudança é fundamental para antecipar impactos, identificar oportunidades e assegurar uma transição bem-sucedida para essa nova fase do setor financeiro no Brasil”, conclui Deschamps.
