A Apple está preparando um novo MacBook com chip de iPhone — e não é brincadeira. Segundo o analista Ming-Chi Kuo, o modelo será lançado em 2026 com o A18 Pro, mesmo chip presente no iPhone 16 Pro.
A aposta parece simples: um laptop com boa performance, visual diferente e preço mais competitivo. Mas no mundo Apple, nem tudo é tão direto assim.
💻 Um MacBook com chip de celular?
A escolha do A18 Pro no lugar dos chips da linha M levanta uma questão. Por que usar um chip de iPhone em um computador?
A resposta pode estar nos custos. Com o A18 Pro, a Apple entrega uma performance semelhante à do MacBook Air com chip M1 — mas usando um componente mais barato e energeticamente econômico.
Em benchmarks, o A18 Pro empata com o M1 em desempenho multicore e supera no single-core.
Para tarefas comuns, navegação, produtividade e até edição leve, o novo MacBook daria conta sem drama.
🎨 Cores vibrantes e materiais baratos?
Se o desempenho não muda tanto, como convencer alguém a pagar mais por um MacBook Air?
A Apple pode recorrer à diferença visual. Assim como fez com o iPhone 5c e os antigos iBooks coloridos, o novo MacBook pode ter versões em cores vibrantes e materiais mais baratos, como plástico.
Enquanto isso, o Air manteria o visual mais “sério” e construção premium. Um jogo de percepção. Quem quer economizar, leva o colorido. Quem busca sofisticação, paga mais.
🔋 Tela e bateria podem seguir o básico
Para cortar custos, a Apple pode manter o novo modelo com tela LCD convencional enquanto o Air avança para o OLED nos próximos anos.
Outro ponto: o A18 Pro consome menos energia que os chips M. Isso abre espaço para uma bateria menor, o que também reduz o custo de produção — sem comprometer a autonomia.
💸 E o preço? A jogada estratégica da Apple
A especulação gira em torno de um preço de US$ 799, algo inédito para um MacBook atual. Hoje, o MacBook Air começa oficialmente em US$ 999.
Mas há uma leitura menos otimista. A Apple pode lançar esse novo modelo mais barato agora, só para criar espaço para subir o preço do Air depois.
Vale lembrar que, em 2022, o Air passou a custar US$ 1.199, caindo para US$ 1.099 no ano seguinte — só retornando a US$ 999 com o modelo M4.
Ou seja, o “MacBook barato” pode ser um movimento tático para deixar o Air ainda mais caro no futuro.
🧠 O que esperar disso tudo?
A Apple sabe que performance não é mais o diferencial, e sim o posicionamento. Um MacBook mais acessível pode atrair uma nova base de usuários — desde estudantes até quem só precisa de uma máquina simples, bonita e funcional.
Resta saber se essa estratégia vai entregar valor real ou só criar mais uma camada de diferenciação de marca.
📌 Leia também:
Microsoft anuncia novo corte de funcionários; TikTok segue mesma linha
Robinhood lança “tokens da OpenAI” — e irrita a OpenAI
Sete pessoas testam chip cerebral da Neuralink que move cursor por pensamento
Fique por dentro das notícias mais quentes do mundo: entre no nosso canal no WhatsApp.