Segundo a Chainalysis, a Argentina se tornou o principal usuário de criptomoedas na América Latina, ultrapassando o Brasil.
Entre junho de 2023 e junho de 2024, as transações em criptomoedas no país totalizaram US$ 91,1 bilhões, enquanto o Brasil registrou US$ 90,3 bilhões.
As stablecoins lideram como a criptomoeda mais utilizada na Argentina, representando 61,8% de todas as transferências. Em contraste, o Bitcoin responde por 14,7%, as altcoins por 13,4% e o Ethereum por 10%.
A popularidade das stablecoins no país é atribuída à instabilidade econômica local. Com uma inflação que atingiu 143% na segunda metade de 2023 e uma forte desvalorização do peso argentino, muitos cidadãos estão buscando alternativas para preservar seu poder de compra.
Em dezembro de 2023, o presidente argentino Javier Milei anunciou uma desvalorização de 50% da moeda e cortes em subsídios de energia e transporte, medidas que ele chamou de “terapia de choque”.
A crise econômica tem levado 40% da população a viver na pobreza, o que impulsionou a adoção de stablecoins como uma solução prática para evitar a volatilidade do peso.
