Assaltantes no Rio de Janeiro estão mirando em criptomoedas

Assaltantes no Rio de Janeiro estão mirando em criptomoedas
Canva IA

No Rio de Janeiro, os criminosos estão abordando suas vítimas não apenas para levar objetos de valor, como celulares e joias, mas também com o intuito de obter senhas e chaves privadas de carteiras digitais que armazenam criptomoedas.

Usando essas informações, os fundos são transferidos para carteiras de difícil rastreamento, tornando a recuperação dos ativos praticamente impossível, devido à natureza irreversível das transações realizadas na blockchain.

Esses “criptoassaltos” não são novidade, mas estão se tornando mais sofisticados e violentos. 

Os criminosos realizam uma abordagem forçada para desbloquear os celulares das vítimas e acessar diretamente os aplicativos de exchanges e carteiras autocustodiais. Além disso, eles utilizam técnicas de engenharia social para identificar e rastrear potenciais alvos em eventos e nas redes sociais.

Jameson Lopp, desenvolvedor do Bitcoin e especialista em segurança de criptomoedas, alerta para a necessidade de medidas preventivas. Em uma postagem, ele destacou que a privacidade é a melhor defesa contra esses ataques.

“Quanto menos informações pessoais e financeiras você divulgar, menor será a chance de se tornar um alvo”.

Lopp apontou que os investidores de criptomoedas devem evitar exibir publicamente seus interesses e não carregar carteiras digitais ou chaves privadas em seus celulares em lugares públicos.

Outras recomendações são:

  •  Evitar utilizar roupas, acessórios ou outros itens que possam identificar alguém como entusiasta de criptomoedas.
  •  Não realizar transações em locais públicos ou em situações de risco.
  •  Desativar o rastreamento de localização em tempo real em dispositivos móveis e redes sociais.
  •  Evitar o uso de aplicativos de namoro e encontros quando em viagem, pois muitos golpes começam nesses ambientes.
  •  Utilizar carteiras frias (offline) para armazenar grandes quantidades de criptoativos.

Além disso, Lopp recomenda o uso de “passphrases”, uma camada extra de proteção que torna o acesso às criptomoedas ainda mais difícil para os criminosos.

Fonte: Exame

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