Até onde pode ir essa queda do bitcoin? US$ 85 mil é logo ali?

Até onde pode ir essa queda do bitcoin? US$ 85 mil é logo ali?
Pexels

O bitcoin (BTC) passou por uma forte volatilidade da última sexta-feira (31) até ontem (4), com a criptomoeda primária saindo da marca de US$ 104 mil para ser negociada abaixo de US$ 93 mil neste período.

Conforme observado por Vanessa Oliveira, CEO da ZeroUmCripto e CTO do Blackchain.news, esse movimento de queda foi motivado, principalmente, pelo fato de Donald Trump impor tarifas a fortes aliados comerciais.

Embora a situação entre os Estados Unidos, México e Canadá já tenha sido resolvida, pelo menos por enquanto, as tensões entre EUA e China permanecem, com o país asiático afirmando que irá impor taxas sobre produtos norte-americanos como resposta às mesmas ameaças de Trump.

Abordando esse tema, Vanessa destacou em seu canal do YouTube que a justificativa de Trump para tal decisão é o fato de ele enxergar que são os imigrantes ilegais que levam drogas mortais para os Estados Unidos, culpando 100% dessa população pelo crescimento do fentanil no país.

“Eu não compartilho dessa visão e acredito que há uma frase que resume bem meu ponto de vista: ‘Cuidado com soluções simples para problemas complexos.’ Focar apenas em um aspecto do problema faz com que você perca a visão do todo, resultando em uma solução superficial para algo muito mais complexo”.

Vanessa detalhou o que chamou de “efeito máquina de lavar”, um termo usado para explicar como as políticas tarifárias de Trump podem impactar negativamente a economia dos EUA.

“A imposição de tarifas contra a economia mexicana, canadense, chinesa continuará até que os países cooperem com os Estados Unidos”, explicou.

Para a trader, essas políticas de tarifas acabam afetando também as empresas locais, prejudicando o consumidor norte-americano e não alcançando os resultados esperados, como já demonstrado na primeira administração Trump.

Bitcoin pode cair mais?

Sobre o impacto das políticas econômicas dos EUA no mercado financeiro, Vanessa destacou que a correção do bitcoin foi influenciada pelos índices Nasdaq e S&P 500, que também enfrentaram quedas devido ao cenário econômico instável.

No entanto, mesmo com a correção atual, a empresária mantém sua fé no BTC, apontando que a criptomoeda ainda não precificou o halving.

“O bitcoin ainda não precificou o halving. Existe um choque de oferta forte, e a alta de 2024 está relacionada aos ETFs e movimentos políticos, mas o halving ainda não foi considerado. O evento vai ser precificado e isso geralmente acontece depois de 12 a 18 meses do halving. Esse fator deve impulsionar o mercado de criptomoedas entre 2025 e 2026, com foco na escassez e na infraestrutura do bitcoin”.

Ao analisar o gráfico da criptomoeda primária, Vanessa observou que ela encontrou suporte na faixa dos US$ 90 mil, o que poderia indicar uma recuperação caso a cripto permaneça acima dessa linha. Além disso, ela alertou sobre uma possível correção para US$ 85 mil, apontando que este seria um bom momento para pensar em acumular mais BTC, aproveitando as quedas do mercado.

Leia mais: Manipulação ou correção natural? Entenda o que está por trás da queda do bitcoin

Deixe seu comentário: