Uma carteira de bitcoin (BTC) que estava inativa há seis anos enviou 500 BTC, avaliados em US$ 46,87 milhões, para a Coinbase Prime.
Imagem: X/Loononchain
As criptos de posse da baleia foram adquiridas quando o preço do bitcoin estava em torno de US$ 7 mil e, no momento da transferência, o BTC já ultrapassava a marca de US$ 94 mil.
Apesar da grande movimentação do investidor adormecido, ela não tem poder para jogar o preço do bitcoin para baixo. Afinal, a queda da criptomoeda primária tem sido vista desde a primeira semana de janeiro, quando o BTC saiu de US$ 102 mil para ser negociado na faixa de US$ 92 mil.
A correção do bitcoin levou o mercado de altcoins para baixo, deixando ainda mais complicada uma situação que já não estava boa. Para exemplificar, nos últimos sete dias, o Ethereum (ETH) registrou uma queda de 9%, enquanto a Solana (SOL) caiu mais de 13% no mesmo período.
Sem dúvida, incertezas sobre o comportamento do Federal Reserve dos Estados Unidos em relação à taxa de juros contribuem para esse cenário negativo.
De olho nos EUA
Nos Estados Unidos, o relatório de criação de empregos surpreendeu positivamente com 256 mil vagas adicionadas, superando a previsão de 164 mil.
A taxa de desemprego também ficou abaixo do esperado, atingindo 4,1%. Embora números como esses tipicamente impulsionem ativos financeiros, o bitcoin enfrentou pressão vendedora após a divulgação.
Segundo o analista Karan Singh Arora, essa reação pode ser atribuída à manipulação de mercado, mais do que a fundamentos econômicos.
Além disso, o cenário de empregos robustos pode levar o Federal Reserve a manter taxas de juros elevadas por mais tempo, com o intuito de controlar a inflação, o que pode limitar o potencial de valorização das criptomoedas no curto prazo.
Por outro lado, a força econômica demonstrada também apoia ativos de risco no longo prazo.
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