O Banco Central do Brasil anunciou uma nova etapa no desenvolvimento do DREX. Nesta fase, o projeto contará com a participação do Banco Inter, Microsoft Brasil, 7COMm e Chainlink para criar uma solução de trade finance baseada em blockchain.
O DREX, ao digitalizar o real físico, visa modernizar transações financeiras ao oferecer maior segurança e eficiência em operações interbancárias e liquidações de grande porte.
Após um primeiro ciclo de testes com 16 consórcios liderados por instituições financeiras, a segunda fase do projeto foca em integrar serviços automatizados por meio de contratos inteligentes gerenciados por terceiros na plataforma.
A intenção dessa parceria é demonstrar como a liquidação de transações de commodities agrícolas pode ser automatizada por meio de tecnologias inovadoras.
A iniciativa utiliza oráculos para conectar diferentes sistemas e a tokenização de Conhecimentos de Embarque Eletrônicos (Electronic Bills of Lading), garantindo pagamentos automáticos a exportadores durante o transporte de mercadorias.
Parcerias importantes
Um destaque desta fase é a utilização do Protocolo de Interoperabilidade entre Cadeias (CCIP) da Chainlink, que permitirá a integração entre o DREX e outras moedas digitais de bancos centrais ao redor do mundo.
“Enxergamos a Fase 2 do DREX como um momento empolgante para o Brasil. Trabalhar ao lado de líderes tecnológicos como Microsoft e Chainlink Labs é uma oportunidade única para expandir o mercado e fortalecer a saúde econômica do país”, disse Bruno Grossi, head de tecnologias emergentes do Banco Inter.
Angela Walker, líder global da Chainlink Labs, também comentou sobre o papel estratégico da parceria:
“Estamos entusiasmados em colaborar com o Banco Central, Banco Inter e Microsoft para demonstrar como a tecnologia blockchain e o protocolo de interoperabilidade da Chainlink podem revolucionar o setor de trade finance”.
Já a Microsoft contribuirá com seus serviços de nuvem, enquanto a 7COMm será responsável pelo suporte técnico.
“O DREX foi projetado para ampliar o acesso a serviços financeiros inteligentes e desempenhar um papel central no desenvolvimento econômico do Brasil”, destacou João Aragão, especialista em inovação financeira da Microsoft.
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