Banco Central Europeu (BCE) anuncia que continuará cortando taxas de juros

Banco Central Europeu (BCE) anuncia que continuará cortando taxas de juros
Canva IA

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), disse que, embora a meta de inflação de 2% ainda não tenha sido completamente atingida, ela está “ao alcance”, o que abre caminho para novas reduções nas taxas de juros.

Após uma série de cortes, as taxas na zona do euro permanecem em níveis elevados, o que exerce pressão sobre a atividade econômica.

A expectativa é que, com o controle da inflação, o crescimento salarial também desacelere, o que contribuiria para a estabilização da economia.

A previsão é que, no próximo ano, o aumento de salários fique em torno de 3%, patamar que os economistas do BCE consideram compatível com a meta de inflação.

Economia fraca

Com um crescimento projetado de apenas 1,1% para 2025 na economia da zona euro, o cenário permanece frágil diante de fatores externos como a incerteza política global e as tensões geopolíticas.

O impacto disso é evidente no pessimismo dos consumidores, que se veem pressionados tanto pela inflação quanto pelas mudanças no cenário mundial.

No próximo ano, as taxas de juros podem chegar a 2%, mas a questão central agora é determinar onde a taxa de depósito do BCE se estabilizará.

Embora Lagarde tenha sugerido um intervalo entre 1,75% e 2,5%, a especulação sobre o rumo final das taxas continua.

Para exemplificar, Robert Holzmann, do banco central da Áustria, acredita que não há riscos em cortes adicionais, desde que a economia se mantenha estável.

Por outro lado, François Villeroy de Galhau, governador do banco central francês, aponta que taxas abaixo do neutro poderiam ser consideradas se os dados apontarem para uma desaceleração econômica mais rápida do que o esperado.

As últimas projeções do BCE apontam para uma inflação acima da meta de 2% em 2025, com aumentos de preços mais no início do ano, o que pode ser um indicativo para mais ajustes. No entanto, a questão é até que ponto o BCE pode ir sem prejudicar a recuperação econômica.

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