O Banco Central (BC) informou que vai desligar na próxima segunda-feira (10) a plataforma usada nos testes do Drex, projeto que busca criar uma versão digital do real com liquidação oficial. A fase atual será encerrada e uma nova infraestrutura será escolhida no início de 2026 para dar sequência ao piloto.
A solução utilizada até agora se baseava na Hyperledger Besu e foi testada nas duas primeiras fases do piloto iniciado em 2023. A proposta operava em tecnologia de registro distribuído com permissão do regulador. Porém, não atingiu padrões de privacidade e segurança considerados adequados para operações financeiras de larga escala.
Próximo passo ainda indefinido
Em reunião com os consórcios participantes, o BC informou que a orientação para a terceira etapa é aberta em relação à tecnologia. Sendo assim, não há garantia de que o Drex continuará usando blockchain.
A próxima fase deve priorizar aplicações voltadas ao aperfeiçoamento de garantias em operações de crédito. Será mapeado casos de uso com maior potencial ligados a Open Finance, Pix e investimentos. Somente depois será definida a arquitetura tecnológica mais adequada para sustentar o projeto.
Reações do mercado e impactos
Empresas que participaram dos testes avaliaram que a fase atual contribuiu para entender limites técnicos e regulatórios. André Carneiro, CEO da BBChain, afirmou que a etapa cumpriu seu papel ao permitir ao regulador analisar as tecnologias em diferentes frentes, embora ainda haja pontos que precisam avançar para atender totalmente aos requisitos.
Mesmo com a pausa na plataforma, a discussão sobre tokenização continua entre companhias do ecossistema financeiro. Parte das empresas pretende seguir explorando aplicações de ativos tokenizados com base nos aprendizados do piloto. Outras passaram a priorizar projetos com Inteligência Artificial diante dos custos e incertezas sobre o modelo tecnológico definitivo do Drex.
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