O bitcoin começou a semana em queda, inclusive caindo abaixo da marca de US$ 90 mil esta manhã. Nos últimos sete dias, a criptomoeda registrou uma correção de 8%, levando o mercado de altcoins com ela.
Do lado das notícias negativas, o mercado de contratos futuros experimentou um aumento nas liquidações. Somente nas últimas 24 horas, US$ 544 milhões em posições de futuros foram liquidadas, segundo a CoinGlass.
A maior parte dessas liquidações foi de posições longas, apostas na alta dos preços, somando US$ 472 milhões. O BTC liderou o movimento, com mais de US$ 112 milhões em liquidações.
Esse baixo desempenho da cripto tem afastado as baleias do mercado, conforme observado pelo analista Ali Martinez. O trader apontou que o número de transações grandes caiu 51,64% no último mês, de 33.450 para 16.180.
Imagem: X/Ali_Charts
Com isso, vemos um mercado mais lento para o BTC, pois são esses grandes players que geralmente estão por trás dos movimentos de preço do bitcoin.
Além disso, a rede da criptomoeda observou uma grande queda em sua atividade, com o número de endereços ativos caindo para 667.100, o menor nível desde novembro de 2024.
No entanto, as quedas do bitcoin em janeiro não costumam ser uma surpresa.
História se repetindo?
O analista Axel Bitblaze apontou que a tendência de baixa do BTC neste mês não é incomum, principalmente em anos pós-halving.
Em seu post, o trader destacou padrões semelhantes observados em janeiro de 2017, 2021 e agora 2025, quando o bitcoin sofreu quedas antes de iniciar grandes ciclos de alta.
Por exemplo, em janeiro de 2017, a cripto caiu de US$1.185 para US$800, e em janeiro de 2021, caiu de US$42.000 para US$28.000. Sendo assim, a queda deste ano de US$103.000 está alinhada com esses precedentes.
Além disso, Bitblaze discutiu as implicações da dominância do Bitcoin, porcentagem do valor de mercado do BTC em relação ao mercado de criptomoedas como um todo.
Historicamente, esse indicador atinge seu pico quase três anos após um evento de halving. Nos últimos meses, a dominância do BTC caiu de 62% para 54%, com altcoins ganhando destaque.
Do lado positivo…
A dificuldade de mineração do Bitcoin atingiu um recorde após o 8º ajuste positivo consecutivo, mostrando que os mineradores da criptomoeda continuam firmes no mercado, mesmo após as correções de preço.
Além disso, as reservas de bitcoin em exchanges atingiram a mínima de 7 anos enquanto os fundos de hedge aproveitam a queda da cripto para acumular mais.
Falando em acumulação, a MicroStrategy adquiriu mais 2.530 BTC por US$ 243 milhões a US$ 95.972 por unidade. Agora, a empresa atingiu um rendimento de BTC de 0,32% no acumulado de 2025.
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