Bitcoin dispara e altcoins começam a reagir: vem aí uma altseason?

Bitcoin dispara e altcoins começam a reagir: vem aí uma altseason?
Imagem destaque: ChatGPT

O bitcoin (BTC) alcançou um novo topo histórico na manhã desta segunda-feira, batendo os US$ 123 mil. Enquanto isso, o Ethereum rompeu a resistência em US$ 3 mil.Será que estamos prestes a ver uma altseason de verdade?

🚀 Bitcoin em novo topo reacende apetite por risco

O bitcoin ultrapassou os US$ 123 mil pela primeira vez e empurrou o mercado cripto de volta ao modo eufórico. O movimento foi rápido, com alta de 12% na semana e volume saltando para mais de US$ 100 bilhões em 24 horas.

No gráfico, a tendência já mostrava força há semanas. A quebra da máxima anterior veio com confirmação técnica, candle de força e nenhum obstáculo histórico à frente. Agora, os olhos se voltam para a faixa entre US$ 125 mil e US$ 128 mil.

Mas o que chama atenção mesmo é o efeito colateral: o capital está voltando para o mercado. E quando isso acontece, não é só o BTC que se movimenta.

ETH supera US$ 3 mil e volta ao radar dos traders

O Ethereum rompeu a barreira dos US$ 3 mil nesta segunda-feira (14), com um candle forte no diário e volume acima da média. 

O gráfico mostra força compradora consistente desde a virada de junho para julho — com destaque para a sequência de quatro candles verdes seguidos entre os dias 9 e 12.

No semanal, a leitura é ainda mais otimista: o ETH deixou para trás a congestão que se arrastava desde março. A faixa dos US$ 3.030, que havia barrado o preço em abril e no início de junho, foi rompida com convicção. 

Caso esse nível se sustente nos próximos dias, o próximo alvo passa a ser a região de US$ 3.300. Já o suporte mais imediato está em US$ 2.850, seguido por US$ 2.700, onde houve acúmulo anterior.

Essa rotação de capital também aparece nas L1. Solana (SOL) está tentando confirmar rompimento da faixa dos US$ 165, que funcionou como resistência no início de junho. 

O gráfico semanal mostra que, se a cripto fechar acima de US$ 172, o caminho pode ficar livre até a casa dos US$ 200. O suporte mais relevante está em US$ 148.

BNB, por sua vez, se aproxima da máxima do ano, na região de US$ 720. A altcoin vem em tendência de alta desde o fundo de março, com estrutura técnica saudável e volume crescente. Se romper esse teto, o próximo alvo técnico pode ser os US$ 800. Suporte? US$ 670 e US$ 640.

As principais altcoins estão se movimentando. E, se o BTC se estabilizar acima dos US$ 120 mil, o cenário de curto prazo pode favorecer a continuação desse movimento.

⚖️ Altcoins ganham força ou ainda estão presas à sombra do BTC?

A dominância do bitcoin está em 63,6%, segundo o CoinMarketCap. Ou seja, quase dois terços de todo o valor alocado em criptomoedas está concentrado no BTC, enquanto o Ethereum responde por 9,8%, e o restante do mercado soma 26,6%. 

Esse indicador é um termômetro da força relativa do BTC frente às altcoins. Quando a dominância está muito alta, como agora, significa que o capital está mais confortável na criptomoeda primária. E que o resto do mercado ainda está na espera.

Mas há movimentação. Na comparação semanal, a dominância do bitcoin caiu 0,9 ponto percentual. Ao mesmo tempo, o Ethereum subiu 0,6 ponto e outras altcoins também ganharam terreno. A tendência ainda é tímida, mas já visível. O gráfico mostra que a curva do BTC começa a lateralizar, enquanto os ativos menores dão os primeiros sinais de retomada. Pode não parecer muito, mas é assim que as altseasons geralmente começam.

Outro indicador importante é o Altcoin Season Index, que mede quantas altcoins do top 50 superaram o desempenho do BTC nos últimos 90 dias. 

O valor atual é 32/100, ainda abaixo da linha de corte (que é 75). Isso quer dizer que ainda estamos tecnicamente em uma “Bitcoin Season”, mas o índice vem subindo: era 27 no mês passado, depois 29, e agora 32. O gráfico mostra a inclinação positiva, mostrando que as altcoins estão se aproximando de um ponto de virada.

Historicamente, já vimos esse tipo de cenário. Em 2021, por exemplo, a dominância do BTC ultrapassou os 64%, mas perdeu força logo depois — e abriu espaço para uma altseason clássica, com tokens dobrando ou triplicando de valor em poucas semanas. Em 2017, o padrão foi parecido: bitcoin primeiro, altcoins depois.

 

O que ainda impede uma altseason?

O mercado cripto vive um momento de concentração. E isso tem tudo a ver com o perfil dos investidores que dominam o jogo em 2025. O varejo está menos ativo, e quem dita o fluxo hoje são os grandes — gestoras, fundos e empresas listadas em bolsa. E esses players, quando entram, têm um destino preferido: o bitcoin.

O melhor exemplo disso é o ETF da BlackRock, que desde o início do ano já atraiu bilhões de dólares para o BTC. Só esse fundo movimenta US$ 84 bilhões em ativos, e o volume cresce semana após semana. Na prática, isso pressiona a liquidez do mercado em uma única direção, esvaziando o espaço para tokens menores ganharem tração.

Essa preferência se repete nas empresas. Hoje, 130 companhias com ações negociadas em bolsa têm bitcoin registrado no balanço. É dinheiro institucional alocado como reserva — não como aposta em crescimento. No topo dessa lista estão nomes como MicroStrategy e MARA Holdings, que juntas somam quase US$ 90 bilhões em BTC.

Outro fator que pesa contra as altcoins é a espera pelo corte de juros nos Estados Unidos. Segundo o investidor Jack Lee, fundador da LD Capital, o mercado está apenas em compasso de espera. 

“Todos querem a temporada de altcoins, mas ela só deve começar quando a liquidez de fato aparecer — e isso só virá com a redução das taxas pelo Fed”. 

A expectativa está concentrada na reunião do dia 17 de setembro, onde 57,2% dos contratos futuros já apostam em um corte de 0,25 ponto percentual.

🔍 Projetos que começam a se destacar com a alta do BTC

Mesmo com o bitcoin dominando os holofotes, boa parte das altcoins do top 100 já superou o desempenho do BTC nos últimos 90 dias. E isso não é pouca coisa: enquanto a cripto número um subiu 42,29% no período, M, PENGU, MOG e SPX dispararam com ganhos que vão de +230% a mais de +700%.

Olhando para o ranking, duas frentes se destacam. De um lado, as moedas de comunidade e memes, como WIF, PEPE, FLOKI e BONK, seguem atraindo fluxo — seja por hype, narrativa ou pura especulação. Do outro, há tokens de infraestrutura e camada base que estão crescendo de forma mais orgânica, caso da ETH (+88%), SEI (+89,98%), SUI (+80%) e XLM (+90%).

Narrativas de tecnologia emergente também aparecem no mapa. O setor de AI e redes alternativas continua gerando interesse com KAIA, FET, INJ e VIRTUAL figurando entre os que mais valorizaram. Esses ativos ganham fôlego com promessas de escalabilidade, aplicações fora do universo cripto e integrações com IA generativa.

Outro ponto importante é que nem tudo é aposta especulativa. Protocolos mais antigos, como AAVE (+132%) e BCH (+55%), também aparecem entre os destaques.

🛠️ Estratégias para aproveitar o momento sem cair em armadilhas

Quando o mercado está em alta, tudo parece fácil. Mas é justamente nesse tipo de cenário que muita gente compra no topo e vende no fundo. A primeira regra, então, é simples: não confundir empolgação com consistência. O BTC pode seguir subindo? Pode. Mas isso não significa que todas as altcoins vão acompanhar, nem que o movimento será linear.

Ciclos de topo exigem cautela. Estratégias defensivas, como realizar lucro parcial e manter uma reserva em stablecoin, podem proteger seu capital em caso de correção. Outra dica é pensar em alocação progressiva, distribuindo entradas ao longo do tempo e priorizando ativos que já mostraram força em vez de sair apostando em promessas vazias.

Para quem quer acompanhar o mercado com mais consciência, vale usar algumas ferramentas simples:


📊 CoinMarketCap e CoinGecko, para monitorar dominância e desempenho das altcoins
📉 TradingView, para observar padrões gráficos e zonas de suporte/resistência
🧠 Santiment e Lookonchain, para rastrear movimentos de grandes carteiras e comportamento de holders

O momento pode ser de oportunidade. Mas também é terreno fértil para armadilhas.

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