Bitcoin perde os US$ 100 mil e divide análises entre correção saudável e risco de mini baixa

Bitcoin perde os US$ 100 mil e divide análises entre correção saudável e risco de mini baixa
Imagem destaque: Pexels

A queda atual do bitcoin (BTC) abriu espaço para dúvidas sobre o rumo da cripto número um, mas duas análises trouxeram leituras distintas para o momento. Enquanto o CEO da CryptoQuant, Ki-young Ju, vê o cenário como uma correção dentro de um ciclo ainda saudável, a Matrixport aponta sinais de fragilidade semelhantes a pequenos períodos de baixa do passado.

Segundo Ju, o movimento só ganharia contornos realmente preocupantes se o preço recuasse abaixo de US$ 94 mil. Já a Matrixport enxerga um ambiente fraco, com menor entrada de capital nos ETFs e ausência de um impulso macroeconômico capaz de renovar o fôlego dos compradores.

Correção não define tendência, diz Ki-young Ju

O CEO da CryptoQuant explicou que o momento atual não configura por si só o início de uma fase de baixa. O empresário destacou que os investidores que compraram bitcoin entre seis e doze meses atrás pagaram em média US$ 94 mil e que esse patamar funciona como um suporte importante na leitura do ciclo.

Para Ju, o ponto-chave é observar se esse nível permanece protegido. Enquanto isso ocorrer, o mercado segue dentro de uma zona aceitável de oscilação. Ele reforçou que conclusões precipitadas podem atrapalhar a análise e que acompanhar a reação do preço nesse suporte é mais prudente do que assumir que o ciclo mudou.

⚠️ Matrixport vê sinais de fraqueza e padrão de “mini baixa” 

Em outra frente, a Matrixport apresentou uma leitura mais cautelosa. A empresa avaliou que os padrões atuais lembram fases anteriores em que o BTC enfrentou pequenas tendências de baixa, marcadas por redução na tomada de risco e perda de intensidade nos fluxos institucionais.

O relatório descreve uma desaceleração nítida nas entradas dos ETFs spot de Bitcoin, ao mesmo tempo em que investidores de curto prazo e fundos tradicionais estão encolhendo suas posições. Essa combinação aumenta a sensação de um mercado vulnerável, sem um fator macro que pressione uma recuperação convincente.

A projeção da empresa aponta para um ponto delicado do ciclo. A forma como o preço vai reagir aos níveis estruturais e aos próximos sinais do Federal Reserve (Fed) pode definir se o mercado inicia uma queda mais profunda ou constrói uma zona de estabilização.

Mas o que dizem os gráficos?

O bitcoin perdeu o patamar dos US$ 100 mil e acelerou a queda até a faixa de US$ 96 mil. O gráfico de 4 horas mostra topos descendentes bem definidos, além de candles fortes de venda que mostram dominância vendedora. O ponto mais crítico é a proximidade da zona onde aparecem algumas reversões recentes, justamente na área entre US$ 94 mil e US$ 96 mil.

Se essa região continuar pressionada, o preço pode alongar a correção até um ponto ainda mais sensível em US$ 92 mil. Caso o suporte se mantenha, o mercado pode tentar um respiro, mas precisaria recuperar US$ 99 mil para mostrar algum alívio.

No gráfico diário, a perda dos US$ 100 mil abriu espaço para testar o suporte de US$ 95 mil. Essa faixa tem histórico de atuação como piso do preço desde julho, o que explica a reação mais lenta dos vendedores nas últimas horas.

Os compradores precisam defender esse ponto para manter a estrutura de médio prazo. Uma recuperação acima de US$ 102 mil é o que devolveria alguma confiança, pois seria a quebra da linha de curto prazo que guia o movimento de baixa.

Mesmo com a queda forte, o semanal mantém o bitcoin dentro de uma tendência que começou no início de 2024. O preço recuou até o suporte horizontal próximo de US$ 94 mil. Essa região serviu como base na última perna de alta e funciona como limite natural da tendência.

Se esse suporte se confirmar, o mercado mantém a estrutura de alta de longo prazo. Se for rompido, o gráfico semanal passa a sugerir uma deterioração mais séria do ciclo.

O que observar daqui para frente

O comportamento do preço na região entre US$ 94 mil e US$ 96 mil vai definir o ritmo das próximas semanas. 

A perda dessa área abre espaço para uma correção mais profunda, possivelmente revisitando zonas da metade do ano, entre US$ 88 mil e US$ 90 mil. 

A manutenção do suporte pode gerar um movimento de recuperação, mas dependerá de aumento do volume comprador.

A leitura geral mostra um momento de fragilidade, porém não sinaliza uma mudança definitiva de ciclo enquanto o suporte chave permanecer atuando.

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