O bitcoin (BTC) voltou a subir nesta sexta-feira (14), sendo negociado acima da marca de US$ 84 mil no momento da escrita do artigo. Mas será esse um voo de galinha ou a criptomoeda primária realmente voltou para o lado dos touros?
Para responder a essa pergunta, é preciso entender, em primeiro lugar, o motivo de o BTC ter subido. Uma dessas razões é a correlação do bitcoin com o índice do dólar americano (DXY).
Historicamente, quando o dólar se fortalece, o BTC tende a recuar e vice-versa. Essa dinâmica opera com um atraso de 10 semanas, em média. Ou seja, o impacto de um dólar mais forte no final de 2024 ainda estava sendo absorvido pelo mercado cripto no início de 2025.
No entanto, desde meados de janeiro, o dólar tem demonstrado sinais de enfraquecimento, e o bitcoin parece estar sentindo essa mudança. O analista Christopher Harvey, do Wells Fargo, destacou que essa correlação tem se mantido ao longo do tempo e pode indicar uma recuperação mais consistente para a criptomoeda.
Nada de bullrun no curto prazo
Outro indicador importante é a oferta global de dinheiro (M2), que também influencia o comportamento do bitcoin. De acordo com Ed Engel, da Compass Point, a liquidez global atingiu seu pico no final de setembro de 2024, contraiu-se no quarto trimestre e começou a se recuperar no início de 2025. Se essa tendência continuar, há potencial para um fortalecimento do BTC no segundo trimestre deste ano, mas, em março, ainda devemos ver mais quedas.
Segundo a Wolfe Research, os indicadores técnicos ainda não confirmam uma retomada consistente do mercado. Assim, a empresa apontou que a recente recuperação pode enfrentar resistência na região dos US$ 91 mil a US$ 92 mil, patamar que deve determinar o rumo da criptomoeda nas próximas semanas.
