O Brasil alcançou, na última quarta-feira (11), a segunda posição entre os países com maior taxa de juros reais no mundo. O movimento ocorreu após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa Selic em um ponto percentual, atingindo 12,25% ao ano. Essa foi a terceira elevação consecutiva da taxa básica de juros pelo Banco Central.
Conforme observado pelo G1, o cálculo dos juros reais considera a taxa nominal de juros ajustada pela projeção de inflação para os próximos 12 meses. Com a nova decisão, o Brasil registrou juros reais de 9,48%, segundo um levantamento realizado pela MoneYou. O ranking global é liderado pela Turquia, com uma taxa real de 13,33%.
Na última atualização do índice, em novembro, o Brasil ocupava a terceira colocação, mas incertezas fiscais, desvalorização cambial e pressões inflacionárias foram decisivas para a escalada da taxa real de juros no país.
Movimentações globais no ranking
Outro destaque do levantamento é a posição da Argentina, que deixou os juros reais negativos após anos consecutivos. O país saltou da última para a 28ª posição. Com isso, a Holanda assumiu a lanterna do ranking, enquanto o Brasil consolidou sua nova colocação.
Taxa nominal de juros: Brasil entre os quatro primeiros
Quando analisadas as taxas nominais — aquelas sem o ajuste pela inflação —, o Brasil mantém a quarta posição global, atrás de Turquia (50%), Argentina (32%) e Rússia (21%).
As demais posições das principais economias emergentes no ranking nominal são México (10,25%), Colômbia (9,75%), África do Sul (7,75%), Hungria (6,50%), Índia (6,50%) e Filipinas (6%).
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