Brasil proíbe World de fornecer incentivos em criptomoedas para coleta de íris

Brasil proíbe World de fornecer incentivos em criptomoedas para coleta de íris
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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) do Brasil determinou que a Tools for Humanity (TFH), responsável pelo projeto World, suspendesse a oferta de recompensas financeiras em troca de dados biométricos de impressões digitais e íris.

Fundada em 2019 por Sam Altman, CEO da OpenAI, a World utiliza tecnologia de escaneamento de íris para criar uma identidade digital global e uma rede financeira.

No entanto, o projeto tem gerado críticas em relação à coleta de dados sensíveis através de dispositivos conhecidos como “orbs”.

A ANPD justificou sua decisão com base na preocupação de que o oferecimento de criptomoedas poderia comprometer a validade do consentimento dos usuários.

Segundo a legislação brasileira, o consentimento para o tratamento de dados sensíveis deve ser livre, informado e inequívoco.

Além disso, a autoridade destacou o impacto de incentivos financeiros em pessoas em situações vulneráveis, além do fato de que, uma vez coletados, os dados biométricos não podem ser apagados.

A World tem tomado medidas para mitigar preocupações com a privacidade dos dados dos usuários. Nesse sentido, a empresa anunciou a iniciativa “Personal Custody”, que visa dar aos usuários maior controle sobre o armazenamento e exclusão de seus dados biométricos.

A empresa também anunciou a Face Auth, recurso de segurança para o protocolo de identidade World ID. A medida foi criada para proporcionar uma camada extra de proteção e prevenção contra fraudes aos usuários do World App, que já conta com 15 milhões de usuários globalmente.

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