O bitcoin (BTC) começou o dia em alta e voltou a ser negociado na casa dos US$111.600 nesta quarta-feira (3).
Um dos fatores que explicam essa recuperação é o aumento da liquidez de stablecoins nas exchanges, sinal de que investidores estão voltando ao mercado com intenção de compra. Esse tipo de entrada ajuda a sustentar o preço e evitar quedas bruscas.
De acordo com relatório semanal da Lookonchain, entre 25 e 31 de agosto, a capitalização total de tokens estáveis aumentou em US$ 6,65 bilhões.
Outro ponto importante é o clima macroeconômico. O Federal Reserve (Fed) pode anunciar já neste mês um corte na taxa de juros, o que enfraquece o dólar e torna ativos como o bitcoin mais atrativos.
🇺🇸 Decisão contra tarifas de Trump e discurso de colapso
O gatilho político também pesa. No fim de semana, um tribunal federal dos EUA derrubou o uso da lei IEEPA por Donald Trump para justificar tarifas de importação, classificando a medida como inconstitucional.
Trump reagiu com declarações explosivas, falou em colapso econômico e prometeu levar o caso à Suprema Corte.
Disse ainda que o país pode se tornar uma “nação do Terceiro Mundo” se a decisão não for revertida.
A instabilidade gerada por esse embate aumentou a percepção de risco sistêmico e impulsionou a busca por ativos descentralizados.
Leia com detalhes: Após corte derrubar tarifas, Trump fala em colapso e corre à Suprema Corte
📊 O que os gráficos estão mostrando hoje
A análise técnica diária mostra que o bitcoin quebrou a sequência de quedas iniciada em agosto e voltou a subir com força após tocar a região dos US$ 108 mil.
O volume da última barra verde aponta que entrada consistente de compradores, com fechamento acima das últimas resistências locais.
Já no gráfico semanal, o cenário continua positivo. O RSI se mantém acima de 55 pontos, sinal de que o BTC ainda está em zona de força relativa.
O MACD semanal mostra tentativa de reversão, com as linhas de média móvel se aproximando e sugerindo possibilidade de novo ciclo de alta a depender do fechamento desta semana.
Apesar disso, ainda é cedo para afirmar que a tendência de curto prazo foi totalmente revertida. A faixa entre US$ 112 mil e US$ 114 mil pode funcionar como resistência imediata.
Já do lado de baixo, os US$ 108 mil seguem como suporte imediato, enquanto níveis mais baixos, entre US$ 104 mil e US$ 102 mil, aparecem como zona de defesa secundária.
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