O julgamento de Roman Storm, um dos fundadores do Tornado Cash, travou. Após quatro dias de deliberação em Nova York, o júri comunicou à juíza Katherine Polk Failla que não conseguiu chegar a um consenso sobre pelo menos uma das acusações.
Storm enfrenta três crimes federais. Entre eles, a suposta facilitação da lavagem de mais de US$ 1 bilhão de dólares em criptomoedas, com menção direta ao grupo hacker Lazarus, ligado à Coreia do Norte. Se condenado nos três pontos, pode pegar até 45 anos de prisão.
⚖️ Pressão dos dois lados
Mesmo diante do impasse, a promotoria pediu que os jurados recebessem uma ordem para continuar debatendo.
A juíza aceitou o pedido e incentivou o grupo a buscar acordo, sem abrir mão de convicções pessoais. Já a defesa tentou conseguir um veredito parcial, apenas nas acusações em que já há concordância.
Mas os jurados demonstraram dúvidas jurídicas. Uma delas foi se o fato de um investidor da empresa estar baseado em Nova York justifica a realização do julgamento nesse estado.
🕵️ FBI, carteiras e sanções
O júri também solicitou acesso a transcrições do depoimento de um agente do FBI. O objetivo era entender como ele identificou o investidor usando dados de localização de celular.
Outras perguntas apontam para a dificuldade em aplicar regras antigas a sistemas descentralizados. Houve questionamentos sobre a necessidade de Storm responder a autoridades internacionais e se carteiras intermediárias estariam sujeitas às sanções da OFAC.
O caso ganhou repercussão global por se tratar de uma tecnologia open-source e privacidade financeira. O resultado pode abrir precedente sobre a responsabilidade legal de quem cria ferramentas descentralizadas, além de influenciar inovações e regulações futuras.
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