A Chainlink anunciou nesta terça-feira (30) a integração do sistema de mensagens da Swift ao Chainlink Runtime Environment (CRE), permitindo que bancos e gestores movimentem fundos tokenizados sem alterar suas infraestruturas já existentes.
Na prática, as operações de subscrição e resgate de fundos podem ser executadas diretamente via mensagens ISO 20022, que são padrão no sistema financeiro global.
O CRE recebe essas mensagens e aciona contratos inteligentes padronizados, reduzindo barreiras técnicas para que grandes instituições acessem blockchains.
🏦 UBS como caso de teste
O primeiro uso prático foi realizado com o UBS Tokenize, unidade de tokenização do banco suíço.
O piloto mostrou que é possível acionar contratos inteligentes de fundos tokenizados usando apenas mensagens enviadas pela Swift, sem necessidade de novos sistemas de identidade ou de gestão de chaves.
Essa iniciativa dá continuidade a experiências do Projeto Guardian, do Banco Central de Singapura, em 2024, que já havia testado aplicações de ativos tokenizados com apoio da Chainlink e do UBS.
A diferença agora é a escala. O CRE permite que instituições disparem eventos onchain de forma mais variada e flexível.
💹 Impacto no mercado global
O potencial é enorme para a indústria de fundos, avaliada em mais de US$ 100 trilhões. A integração promete reduzir custos operacionais, aumentar transparência e automatizar processos de compliance.
Segundo Sergey Nazarov, cofundador da Chainlink, a solução mostra como contratos inteligentes podem se integrar a padrões de mercado já utilizados há décadas.
Essa “ponte plug-and-play” facilita a entrada de grandes players no universo dos ativos tokenizados.
Ao usar a mesma rede Swift que movimenta recursos internacionais, as instituições conseguem acessar benefícios da blockchain sem abrir mão de segurança e processos já estabelecidos.
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