Chefe da Ferrari evita julgamento e fará serviço comunitário

Chefe da Ferrari evita julgamento e fará serviço comunitário
Imagem destaque: Pexels/Pavlo Luchkovski

John Elkann, presidente da Ferrari e da Stellantis, fechou um acordo com a Justiça italiana para encerrar uma investigação criminal sobre fraude fiscal relacionada à herança de sua avó. 

Em vez de enfrentar um julgamento, ele cumprirá um ano de serviço comunitário e participará de um pagamento milionário aos cofres públicos.

🧾 Acordo milionário e serviço social

O acordo prevê o pagamento conjunto de 183 milhões de euros por John Elkann e seus irmãos, Lapo e Ginevra. 

A quantia encerra as investigações sobre suposta evasão fiscal com a herança de Marella Caracciolo, que faleceu em 2019.

Segundo o Ministério Público de Turim, Elkann também se comprometeu a realizar um ano de serviço comunitário. 

A instituição onde isso acontecerá ainda será escolhida, podendo ser uma casa de acolhimento, centro para dependentes químicos ou asilo.

⚖️ Sem admissão de culpa, mas com efeitos jurídicos

Embora o caso tenha motivado investigações criminais, o acordo firmado não implica em confissão de culpa, como permite a legislação italiana. 

O juiz ainda precisa validar o termo. Já os irmãos de Elkann devem ter seus casos arquivados, conforme pedido dos promotores.

O advogado da família classificou o desfecho como uma oportunidade de resolver o impasse de forma rápida, encerrando um capítulo considerado doloroso para os envolvidos.

👨‍👩‍👧 Briga de herança entre os Elkann e a matriarca Margherita

Tudo começou após a morte de Gianni Agnelli, ex-chefe da Fiat e uma das figuras mais influentes da Itália no pós-guerra. 

Em 2004, a filha dele, Margherita Agnelli, assinou um acordo abrindo mão de parte da herança. 

Segundo ela, os herdeiros e conselheiros do grupo Fiat apresentaram um quadro patrimonial limitado, fazendo parecer que a herança de Gianni Agnelli consistia apenas nos ativos que estavam sendo oficialmente declarados naquele momento.

Ela aceitou os termos e recebeu 1,2 bilhão de euros, encerrando sua parte na sucessão. No acordo, transferiu o controle dos principais ativos da família para o filho mais velho, John Elkann, que já era o herdeiro escolhido por Gianni.

Anos depois, Margherita decidiu contestar os termos do acordo. Ela alega que foi enganada, que parte dos bens estava escondida em paraísos fiscais e que seus outros cinco filhos, do segundo casamento, foram prejudicados. 

A disputa familiar foi parar na Justiça e acabou chamando atenção das autoridades fiscais italianas.

🧾 Foi aí que surgiram as investigações

A Receita começou a analisar o repasse de ativos feito pela avó, Marella Caracciolo, antes de morrer em 2019. 

Parte da herança teria sido movimentada sem pagar os devidos impostos. A fortuna em questão foi avaliada em 800 milhões de euros. 

Foi esse movimento que motivou o Ministério Público de Turim a abrir uma investigação por fraude fiscal contra John Elkann e seus irmãos, agora encerrada com o acordo.

No entanto, o processo civil segue em andamento. A equipe jurídica de Margherita diz que o desfecho do caso tributário é mais uma prova de que houve má-fé na condução da sucessão.

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