A China confirmou nesta sexta-feira (27) que concordou com os Estados Unidos sobre os termos para liberação de exportações de itens estratégicos. A medida pode aliviar tensões comerciais e destravar cadeias industriais dos dois lados.
📦 Exportações serão analisadas “caso a caso”
As autoridades chinesas se comprometeram a revisar e autorizar exportações de itens de alto valor tecnológico que estejam dentro das normas do país. O foco está nas terras raras, minerais usados em carros elétricos, celulares, computadores e equipamentos militares.
Em troca, os EUA vão suspender sanções e restrições comerciais impostas contra empresas e produtos chineses. Essa trégua foi negociada nas reuniões de Genebra (em maio) e detalhada no encontro técnico realizado em Londres, este mês.
🤝 Alívio para indústrias de tecnologia e defesa
A medida interessa diretamente empresas estadunidenses que dependem de insumos minerais estratégicos. Com a liberação gradual das exportações, setores como aeroespacial, semicondutores e automotivo devem evitar paralisações ou encarecimento de insumos.
Segundo a imprensa chinesa, o governo manterá vetos a exportações com fins militares, como ímãs para mísseis e aviões de combate. Esse ponto ainda está em negociação e pode ser retomado em futuros encontros entre os dois governos.
📅 Acordo técnico, mas ainda sem assinatura dos presidentes
O entendimento já foi formalizado pelas equipes diplomáticas, mas ainda precisa da ratificação final de Donald Trump e Xi Jinping. O prazo-limite para essa decisão é 9 de julho, quando termina a validade das atuais tarifas comerciais aplicadas entre os países.
As tarifas — que variam de 10% a 55% — impactam diretamente a cadeia global de suprimentos. Em junho, a China chegou a liberar temporariamente remessas para três montadoras dos EUA, testando o novo modelo de licenciamento.
🧭 Caminho aberto para retomada comercial
O acordo abre espaço para um realinhamento entre as duas maiores economias do mundo. A confiança ainda é frágil, mas a disposição para diálogo comercial — após meses de escalada — é vista como avanço.
Autoridades americanas disseram que a liberação das exportações será monitorada de perto e poderá ser suspensa caso os termos não sejam respeitados. A China, por sua vez, reforçou que “sempre cumpre sua palavra”, mas manterá o controle sobre tecnologias sensíveis.
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