China lança plano para rivalizar com Neuralink até 2027

China lança plano para rivalizar com Neuralink até 2027
Imagem destaque: Pexels

A China lançou um plano para criar uma indústria nacional de interfaces cérebro-computador (BCI) que concorra com a Neuralink de Elon Musk. O documento oficial foi publicado em agosto e detalha a intenção do país de levar os chips cerebrais do laboratório para o uso clínico até 2027.

Diferente dos Estados Unidos, onde startups enfrentam longos trâmites com a FDA, a China quer agilizar o processo ao conversar com reguladores desde o início.  A proposta é reduzir o tempo entre o laboratório e o mercado, eliminando etapas que costumam atrasar a aprovação.

🧩 Sete ministérios, um só roteiro 

Sete órgãos do governo chinês assinam o plano de ação, que unifica planejamento industrial, regulação médica e coordenação científica. 

Entre os objetivos estão chips implantáveis de ultrabaixo consumo, algoritmos capazes de decodificar pensamentos em tempo real e produção em escala de dispositivos não invasivos.

Segundo a agência Xinhua, laboratórios locais já testam eletrodos corticais com 128 canais, projetados para reduzir cicatrizes e prolongar a vida útil dos implantes. 

Enquanto isso, pacientes na China jogam xadrez e usam aplicativos com o pensamento, em testes clínicos avançados.

Autossuficiência tecnológica como prioridade

A estratégia também mira a soberania em chips, com foco em reduzir a dependência de semicondutores estrangeiros. 

A ideia é dominar toda a cadeia do BCI, desde os sensores até o silício que transmite os sinais neurais.

A previsão é que entre um e dois milhões de pacientes chineses possam se beneficiar dessas tecnologias nos próximos anos, tanto em reabilitação quanto em acessibilidade cognitiva.

🎮⛑️ Além da medicina: de games a segurança no trabalho 

O plano vai além da saúde. O governo apoia o uso de BCIs não invasivos para monitorar atenção de motoristas, identificar riscos em minas ou usinas, e até controlar videogames com o pensamento.

A NeuroXess acredita que a China pode liderar esse mercado por sua capacidade de fabricar eletrônicos em escala. A ideia é transformar os chips cerebrais em uma nova categoria de produto de consumo.

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