A China pretende focar na restauração do acordo comercial da “Fase 1“, assinado em 2020, como resposta às novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Segundo fontes consultadas pelo Wall Street Journal, Pequim planeja adicionar em sua proposta compromissos para evitar a desvalorização do yuan, aumentar investimentos no mercado norte-americano e reduzir a exportação de precursores do fentanil, substância associada à crise dos opioides nos EUA.
No último sábado, Donald Trump anunciou tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá, além de uma taxa de 10% sobre produtos chineses. A medida foi justificada como parte do combate ao tráfico de fentanil e à imigração irregular.
O governo chinês condenou a decisão, mas disse que está aberto para negociações que possam evitar um agravamento da disputa comercial. Enquanto isso, o Canadá respondeu com tarifas retaliatórias de 25% sobre US$ 105 bilhões em produtos norte-americanos.
O acordo da “Fase 1”, assinado durante a primeira gestão de Trump, encerrou uma guerra tarifária que já durava quase dois anos, estabelecendo que a China aumentaria suas compras de produtos dos EUA em US$ 200 bilhões ao longo de dois anos. No entanto, Pequim não atingiu essa meta devido ao impacto da pandemia de COVID-19.
Além da questão tarifária, o país asiatico pretende tratar o futuro do TikTok como um assunto comercial, permitindo que investidores da ByteDance negociem diretamente com possíveis compradores nos Estados Unidos. Trump já declarou estar conversando com interessados na plataforma e demonstrou interesse em uma disputa entre investidores pelo app.
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