O diretor Carl Erik Rinsch está enfrentando acusações federais nos Estados Unidos por supostamente desviar milhões de dólares que haviam sido destinados pela Netflix para a produção de uma série de ficção científica. Em vez de utilizar os recursos para a realização do projeto, ele teria investido em ações, criptomoedas e adquirido itens de luxo.
De acordo com um tribunal federal em Manhattan, Rinsch foi indiciado por fraude e lavagem de dinheiro, podendo pegar até 20 anos de prisão caso seja condenado. As investigações apontam que, em março de 2020, a Netflix repassou ao diretor US$ 11 milhões para cobrir custos da produção, como roteiro, pagamento de elenco e edição. O projeto, inicialmente chamado de White Horse e posteriormente renomeado para Conquest, acabou sendo cancelado pela plataforma no início de 2021.
Em vez de direcionar os fundos para a produção da série, o diretor teria transferido US$ 10,5 milhões para uma corretora e investido em ações de forma especulativa. Os promotores afirmam que ele perdeu US$ 5,5 milhões em opções de compra de uma empresa biofarmacêutica, enquanto tranquilizava a Netflix sobre o andamento do projeto.
Por outro lado, os investimentos em criptomoedas teriam rendido milhões de dólares em fevereiro de 2021. No entanto, em vez de reinvestir na série, Rinsch teria gastado US$ 3,8 milhões em móveis e antiguidades, além da compra de cinco Rolls-Royces, um Ferrari, relógios de luxo e roupas sofisticadas, cujo valor ultrapassava os US$ 3 milhões.
Além disso, os promotores alegam que o cineasta usou US$ 1,8 milhão para quitar faturas de cartão de crédito e direcionou mais US$ 1 milhão para cobrir os custos jurídicos de uma ação contra a Netflix e despesas relacionadas ao seu divórcio.
Rinsch enfrenta acusações de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e movimentações financeiras ilegais, crimes que podem somar décadas de prisão. Seu caso foi atribuído ao juiz Jed Rakoff, e sua defesa ainda não se pronunciou sobre as acusações.
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