A Coinbase está reavaliando seu processo de listagem de tokens. A cada semana, mais de um milhão de novas criptos são criadas, o que exige da plataforma novas estratégias para gerenciar esse aumento na oferta de altcoins.
O que há de errado com o modelo atual?
Brian Armstrong, CEO da Coinbase, afirmou que o modelo atual, que avalia manualmente cada ativo, já não é sustentável. De acordo com o empresário, até mesmo os reguladores enfrentam dificuldades semelhantes ao tentar acompanhar a quantidade de novos tokens em circulação.
Nesse sentido, como alternativa, Armstrong propôs uma mudança do sistema atual, baseado em uma lista de aprovação, para um modelo que utiliza uma lista de bloqueio.
Essa abordagem contaria com ferramentas automatizadas para analisar dados on-chain e com a participação da comunidade para identificar e excluir tokens de alto risco. O intuito é simplificar o processo de listagem e permitir que os reguladores concentrem seus esforços em ativos verdadeiramente prejudiciais.
Além dessa reformulação, a Coinbase planeja intensificar sua integração com DEXs para oferecer aos usuários uma experiência de negociação fluida, independentemente de a transação ocorrer em exchanges centralizadas ou descentralizadas.
Armstrong explicou que a meta é eliminar a necessidade de o usuário entender a diferença entre os dois tipos de plataformas, garantindo uma navegação mais intuitiva.
Teremos mais de 100 milhões de tokens até o final de 2025
Conor Grogan, executivo da Coinbase, apontou que existem atualmente mais de 36 milhões de tokens no mercado de criptomoedas. Esse número pode ultrapassar 100 milhões até o final de 2025, em comparação aos 3 mil tokens existentes durante o boom das altcoins entre 2017 e 2018.
As plataformas Pump.fun, na rede Solana (SOL), e SunPump, desenvolvida na Tron (TRX), têm desempenhado um papel nesse aumento.
A Pump.fun, por exemplo, já facilitou o lançamento de mais de 6 milhões de tokens desde sua criação em 2024, de acordo com dados da Dune Analytics.
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