A Coreia do Sul iniciou oficialmente as discussões para desenvolver a segunda fase de sua regulamentação sobre criptomoedas e elaborar o projeto de lei ainda no segundo semestre deste ano.
A Comissão de Serviços Financeiros do país (FSC) promoveu uma reunião para traçar as principais diretrizes do futuro projeto.
Kim So-young, vice-presidente da FSC, destacou que as principais economias globais estão acelerando a criação de regulamentos para a indústria blockchain com o intuito de proporcionar maior proteção aos investidores e reduzir a incerteza regulatória.
O primeiro conjunto de regras para o mercado cripto sul-coreano entrou em vigor em julho do ano passado, após aprovação da legislação no ano anterior.
O foco dessa primeira fase foi a proteção dos investidores, impondo exigências rígidas para as exchanges, como a obrigatoriedade de que pelo menos 80% dos depósitos dos usuários fossem mantidos em armazenamento a frio, separado dos fundos próprios das plataformas.
Durante a reunião, a vice-presidente afirmou que a próxima fase da regulamentação deve adotar uma abordagem sistemática, abrangendo tanto os prestadores de serviços quanto os usuários e o próprio mercado de criptomoedas.
Alguns dos temas discutidos foram o aumento da transparência nas novas listagens de criptomoedas nas exchanges e a aplicação de requisitos de divulgação semelhantes aos exigidos para as empresas do setor financeiro tradicional.
Além disso, a reunião abordou a regulamentação de stablecoins, com as autoridades revisando práticas globais sobre a gestão dos ativos de reserva dos emissores e os direitos de resgates dos usuários.
A Coreia do Sul possui um dos maiores e mais ativos mercados cripto do mundo, com a exchange local Upbit figurando como a terceira maior plataforma de criptomoedas centralizada do planeta no último mês, em termos de volume.
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