Crimes, sequestros e vazamentos: o outro lado da cripto

Crimes, sequestros e vazamentos o outro lado da cripto
Imagem destaque: ChatGPT

No universo cripto, mostrar sucesso nas redes sociais virou quase um rito de passagem. Mas enquanto você posta sua nova Ledger ou fala de milhões travados em staking, tem gente na outra ponta da tela montando um plano para te atacar. E, infelizmente, isso já custou caro — em todos os sentidos — para muita gente do mercado.

🚨 Não é exagero: investidores estão sendo perseguidos

Em Paris, três homens mascarados tentaram sequestrar a filha e o neto de Pierre Noizat, CEO da Paymium. A ação aconteceu em plena luz do dia. Só foram impedidos pelos vizinhos.

Em janeiro, o cofundador da Ledger, David Balland, foi sequestrado. Os criminosos cortaram um dos seus dedos em vídeo e exigiram €10 milhões em USDT. Ele sobreviveu, mas o trauma permanece.

Em Bali, um ucraniano foi torturado por uma gangue russa, que levou US$ 214 mil em cripto.

Na Coreia do Sul, um chinês foi assassinado durante uma negociação. Valor envolvido: US$ 60 mil.

Nos Estados Unidos, dois casos marcaram os últimos meses. 

Em Texas, a streamer Amouranth foi agredida durante uma invasão armada após mostrar US$ 20 milhões em criptomoedas.


Já em Las Vegas, um colecionador de NFTs foi sequestrado por adolescentes que o obrigaram a transferir US$ 4 milhões em cripto.

Esses crimes não são coincidência. Eles seguem um padrão. 

🧾 Vazamentos tornaram tudo pior

Os criminosos não agem no escuro. Eles têm nomes, e-mails, perfis, carteiras e endereços — muitas vezes obtidos em vazamentos.

🔓 Ledger (2020)

270 mil clientes tiveram nome completo, telefone, e-mail e endereço residencial expostos. Após isso, milhares receberam ameaças físicas por e-mail.

🏛️ Kroll (2023)

Responsável pelas falências da FTX e Celsius, teve vazados dados de credores: nome, e-mail e valor a receber. Um prato cheio para fraudes e chantagens.

💰 Coinbase (2021–2023)

Usuários tiveram acessos indevidos e dados de login expostos em diversos momentos. Parte dos golpes veio de phishing com base em dados de e-mail.

Essas informações formam verdadeiros “catálogos de alvos”, e muitos criminosos só precisam disso para agir.

🎯 O investidor certo para o criminoso errado

Para o hacker ou sequestrador, é simples: quanto mais você ostenta, mais fácil é montar seu dossiê.

Mostrar saldo, mencionar carteiras, revelar holdings ou até contar sobre um novo investimento — tudo isso pode te colocar na linha de frente.

E por mais que a culpa nunca seja da vítima, quanto menos você se expõe, menores as chances de se tornar o próximo nome da lista.

🧠 Como se proteger (sem se esconder do mundo)

Você pode continuar celebrando suas conquistas — mas com segurança e inteligência. Veja como:

  • Nunca compartilhe que possui uma carteira física (Ledger, Trezor etc.) publicamente.
  • Evite concentrar todos os fundos em uma única carteira. Use carteiras separadas para uso diário, reserva e operações específicas.
  • Use nomes de usuário diferentes em cada plataforma. Não facilite a associação entre sua identidade e seus ativos.
  • Configure alertas de movimentação e 2FA em tudo.
  • Não divulgue fotos que mostrem tela de saldo, dashboards ou e-mails de exchanges.
  • Evite mencionar valores e rentabilidades exatas.
  • Se tiver empresa, proteja os dados dos sócios e clientes com criptografia e anonimização.
  • Fique atento a e-mails suspeitos, principalmente se você apareceu em vazamentos.

📸 Mostrar sim, mas com consciência

É natural querer mostrar evolução. Trocar de carro, fazer uma viagem dos sonhos ou sair do aluguel são conquistas reais — e legítimas.

Mas cuidado com o tipo de exposição: ao invés de mostrar o extrato da MetaMask, que tal compartilhar sua trajetória de estudos, disciplina ou visão de mercado?

Fale sobre segurança, compartilhe boas práticas, promova educação. Isso também te posiciona — e inspira — sem abrir brechas.

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