Os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão entre os maiores detentores de bitcoin (BTC) do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 40 bilhões, de acordo com o ex-CEO da Binance, Changpeng Zhao (CZ).
No entanto, não há detalhes sobre o momento exato da aquisição ou as carteiras que armazenam os ativos digitais. Inclusive, o próprio post de CZ não fornece confirmações sólidas.
Se o montante for confirmado, os EAU ultrapassariam os Estados Unidos, que possuem US$ 19 bilhões em BTC.
EAU e regulação cripto
O país tem adotado diversas iniciativas para impulsionar o mercado de blockchain e criptomoedas, como a criação do Dubai Multi Commodity Centre (DMCC) Crypto Hub, espaço dedicado ao desenvolvimento de projetos nessa indústria.
Já a regulação cripto é supervisionada pela Autoridade de Valores Mobiliários e Commodities (SCA) em nível nacional. Além disso, os EAU introduziram uma lei exigindo que pagamentos em criptomoedas sejam realizados apenas com stablecoins aprovadas pelo Banco Central e vinculadas ao dirham.
Crescimento explosivo no mercado
De julho de 2023 a junho de 2024, os Emirados Árabes Unidos movimentaram US$ 34 bilhões em transações de criptomoedas, um aumento de 42% em comparação ao ano anterior.
O bitcoin lidera com 19% do mercado, enquanto stablecoins dominam, respondendo por 51% das atividades.
A expectativa é que o número de usuários cripto no país atinja 3,78 milhões até 2025, alcançando uma taxa de penetração de quase 39%.
O papel do DeFi e da MENA
O setor de finanças descentralizadas (DeFi) também experimenta um avanço nos EAU. Para exemplificar, durante o período mencionado, os valores movimentados em serviços DeFi aumentaram 74%, com exchanges descentralizadas registrando um salto de 87%, movimentando mais de US$ 11 bilhões.
A região MENA (Oriente Médio e Norte da África), onde os Emirados estão localizados, é uma das que mais crescem no cenário global de criptomoedas.
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