Durante a Devcon, o pesquisador da Ethereum Foundation, Justin Drake, apresentou a proposta Beam Chain que trará para a rede do ETH tempos de blocos rápidos, exigência de participação de menor valor para validadores e segurança contra ataques quânticos, potencializando o uso de SNARKs, tecnologia de prova criptográfica que oferece segurança sem expor dados.
Caso seja implementado, o Beam Chain pode acelerar a produção de blocos com intervalos de quatro segundos, contra os atuais 12, oferecendo uma finalização de blocos em três intervalos. Outra novidade é a possível eliminação de épocas, períodos organizacionais de validação de blocos, concentrando as atividades apenas em intervalos menores (slots).
Além disso, a atualização pode transformar o processo de validação ao reduzir o requisito mínimo de participação para um validador de 32 ETH para apenas 1 ETH.
Apesar do entusiasmo, Drake disse que é necessário o consenso da comunidade antes de qualquer implantação, estimando que o processo de especificação comece no próximo ano, com a construção da infraestrutura prevista para 2026 e uma fase de testes a partir de 2027.
Um avanço de escalabilidade e desafios de centralização
A introdução do zkEVM nativo, que permite blocos de tamanhos arbitrários validados por SNARKs, é outro ponto de destaque. Ela elimina o limite de gas limit, além de oferecer uma possibilidade de escalabilidade muito maior no nível base da rede Ethereum, sem depender de soluções Layer 2.
No entanto, isso gera um dilema sobre a centralização do processo de construção de blocos, pois grandes operadores podem dominar esse setor.
