O comportamento dos detentores de longo prazo (LTHs) do Bitcoin está passando por uma transformação. Há um ano, esses investidores possuíam 13,84 milhões de BTC a um custo médio de US$ 42 mil.
Alerta ou instabilidade?
Em 2023, o bitcoin iniciou o ano sendo negociado a US$ 16,6 mil, com os LTHs detendo 14,93 milhões de BTC em suas carteiras.
Ao longo do ano, o cenário mudou. O preço do BTC subiu para US$ 44 mil, e as participações dos HODLers cresceram para 15,85 milhões.
Em 2024, a tendência foi outra. No quarto trimestre, os LTHs reduziram suas participações de 15,8 milhões para 14,27 milhões de BTC. Essa movimentação ocorreu em um momento de alta valorização do bitcoin, que acumulou ganhos de 502% nos últimos dois anos, incentivando esses investidores a realizarem lucros.
O contexto macroeconômico também desempenhou um papel importante nesse movimento, dando indícios de que o comportamento desses participantes pode estar alinhado com uma visão mais madura do mercado.
Olhando os dados do SOPR (Spent Output Profit Ratio) dos HODLers de longo prazo, veremos uma tendência de retornos decrescentes após cada halving do Bitcoin.
Em 2013, por exemplo, o SOPR médio era de 9,72, mas em 2021 caiu para 3,87, e projeções para 2025 indicam uma nova queda para 2,44.
Imagem: Glassnode
Essa redução nos lucros força os investidores a decidir entre acumular mais BTC ou sair do mercado antes que a pressão aumente ainda mais, e o movimento atual de distribuição mostra que muitos optaram pela segunda opção.
Leia mais: Gestor de fundos de hedge critica o bitcoin: bolha especulativa