Sam Bankman-Fried (SBF), cofundador e ex-CEO da FTX, parece não estar considerando sua situação na prisão do Metropolitan Detention Center (MDC) em Brooklyn de forma totalmente negativa.
Em entrevista ao programa “The Tucker Carlson Show”, o ex-magnata das criptomoedas comentou que tem desenvolvido uma amizade com o famoso empresário do hip-hop Sean “Diddy” Combs, preso em setembro de 2023 por acusações de conspiração e tráfico sexual.
De acordo com SBF, se alguém tivesse lhe dito há três anos que ele passaria seus dias com Diddy na prisão, ele teria ficado surpreso, mas não duvidaria que algo relacionado a criptomoedas poderia estar por trás desse encontro.
Ambos compartilham um espaço de convivência estilo barraco na prisão, que abriga 20 detentos. SBF disse que conheceu Diddy apenas parcialmente, já que o rapper e empresário tem sido acusado de envolvimento em crimes graves, como trabalho forçado, sequestro e incêndios criminosos. No entanto, ele descreveu o rapper como uma figura generosa, que tem demonstrado bondade para com os outros prisioneiros.
Vida na prisão
O ex-CEO da FTX está detido desde que sua fiança foi revogada, em agosto de 2023, devido a preocupações com manipulação de testemunhas.
Apesar de sua situação, Bankman-Fried segue afirmando sua inocência e está buscando apelar da sentença de 25 anos imposta após ser condenado por sete acusações de fraude e conspiração. Em sua entrevista, ele deixou claro que não se considera um criminoso.
Apesar da vida reclusa, Bankman-Fried relatou que passa o tempo jogando xadrez com outros detentos, mas com dificuldades de comunicação devido à barreira linguística, pois nem todos falam inglês.
O ex-CEO também comentou sobre seus hábitos alimentares, destacando que sua dieta se limita a arroz, feijão e ramen, e que os muffins embalados são muito valorizados na prisão como uma forma de moeda.
Embora não tenha se mostrado preocupado com sua segurança, Bankman-Fried mencionou que o ambiente prisional pode ser propenso a episódios de violência, como brigas por itens simples, como uma banana. Segundo ele, esses conflitos surgem não necessariamente pelo valor dos objetos, mas pela falta de outras formas de estímulo e ocupação para os prisioneiros.
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