Dinheiro físico ainda é o favorito para crimes, aponta relatório sobre blockchain

Dinheiro físico ainda é o favorito para crimes, aponta relatório sobre blockchain
Pixabay

O Crypto Information Sharing and Analysis Center (CryptoISAC), em parceria com a empresa de análise de blockchain Merkle Science, realizou um estudo que aponta que, ao contrário da crença popular, as transações ilegais continuam sendo majoritariamente realizadas fora do mercado de criptomoedas.

O documento, intitulado “Blockchain’s Role in Reducing Illicit Finance”, foi coautorado por Robert Whitaker, diretor de assuntos de aplicação da lei na Merkle Science e ex-agente especial do Departamento de Segurança Interna dos EUA.

Dinheiro é o rei

Whitaker enfatiza que, embora as criptomoedas sejam frequentemente associadas a crimes como tráfico de drogas e terrorismo, o dinheiro físico segue sendo a escolha preferida devido à sua natureza anônima.

Apesar dos casos de grande repercussão envolvendo criptomoedas, como o colapso da FTX e o caso do Silk Road, o relatório mostra que o volume de transações ilícitas na blockchain é relativamente baixo.

Segundo dados da Chainalysis, apenas 0,34% das transações on-chain em 2023 foram sinalizadas como possivelmente ilegais, uma queda em relação aos 0,42% registrados em 2022.

Por outro lado, estima-se que de 2% a 5% do PIB global seja lavado anualmente por meio de sistemas financeiros tradicionais, o que equivale a uma quantia entre US$ 800 bilhões e US$ 2 trilhões.

Outro ponto abordado pelo estudo é a facilidade com que as autoridades podem rastrear atividades ilícitas na blockchain, devido à natureza pública e imutável da tecnologia.

Em contraste, o dinheiro físico oferece maior dificuldade para ser rastreado, o que o torna ideal para operações ilegais.

Além disso, as exchanges de criptomoedas com sede nos Estados Unidos são obrigadas a seguir regras rigorosas de combate à lavagem de dinheiro (AML) e de verificação de identidade (KYC), o que aumenta a transparência das operações.

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