O Brasil terminou junho com a conta no vermelho — e com números que passaram da conta. Segundo dados do Banco Central, o país registrou um déficit primário acima do esperado e a dívida pública bruta deu mais um passo para cima.
O buraco foi maior que o previsto pelos economistas, mas o que tudo isso significa, de verdade?
📊 Mais dívida no jogo
A dívida pública bruta do país chegou a 76,6% do PIB em junho. No mês anterior, era 76,1%. Já a dívida líquida subiu de 62,0% para 62,9%.
Esse tipo de alta mostra que o Brasil está gastando mais do que arrecada — e se endividando para bancar esse desequilíbrio.
No mesmo mês, o déficit primário do setor público consolidado (que considera União, Estados, municípios e estatais) foi de R$ 47,1 bilhões. O mercado esperava um rombo menor, de R$ 40,9 bilhões, segundo levantamento da Reuters.
🧾 Quem mais pesou na conta?
O governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) foi responsável por R$ 43,5 bilhões desse déficit. Estados e municípios somaram R$ 954 milhões negativos, e as estatais fecharam com déficit de R$ 2,6 bilhões.
O dado mostra que não foi um problema isolado. Houve desequilíbrio tanto no topo quanto na base da máquina pública.
🧠 E por que isso importa para você?
Déficits e dívidas maiores podem pressionar os juros, afetar o valor do real e reduzir o espaço para investimentos públicos. Tudo isso impacta o custo de vida, o crédito e até as decisões de quem investe ou empreende no país.
A alta da dívida também é um sinal observado de perto por agências de rating e investidores estrangeiros. Quanto maior o endividamento, maior o risco percebido — e, com isso, mais caro pode ficar tomar dinheiro emprestado.
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