O bitcoin (BTC) continua em queda, mas dentro da faixa de US$ 95 mil. No entanto, ao olharmos o mercado de altcoins, a situação está bem pior, com algumas, como é o caso da Jupiter (JUP) e Jito (JTO), registrando perdas de dois dígitos.
Imagem: CoinMarketCap
E a situação das moedas alternativas pode ficar ainda pior. Afinal, após o colapso da memecoin $LIBRA, divulgada pelo presidente da Argentina, a dominância do BTC subiu para 60%, como resultado de um aumento de 5% no último mês e 12% no acumulado de um ano.
Além de toda a liquidez roubada pelo mercado de memecoins das altcoins, o interesse institucional tem ajudado nessa mudança, conforme observado por Hina Sattar Joshi, diretora de vendas de ativos digitais da TP ICAP.
Joshi aponta que o mercado de altcoins ainda é fortemente impulsionado por investidores individuais, tornando-se mais suscetível a variações bruscas de preço. Segundo a especialista, o movimento de retirada de capital desses ativos reforça a percepção do bitcoin como uma opção mais estável.
Mas será que essa estabilidade vai impulsionar o preço do BTC para cima?
Para responder a essa pergunta, a Glassnode apontou níveis importantes que o bitcoin precisa manter. De acordo com a análise dos especialistas da empresa, o suporte de US$ 96.300 deve ser mantido para evitar uma desvalorização maior. Caso esse patamar seja perdido, o BTC poderia buscar um suporte inferior, situado na região de US$ 80.100.
A avaliação foi baseada no indicador MVRV Z-Score, ferramenta que ajuda a identificar níveis de suporte e resistência para o preço do BTC. A Glassnode acredita que a manutenção da atual zona de suporte será indispensável para que os compradores tenham força para reverter a tendência de curto prazo.
Além disso, a empresa de análise destacou outro fator: o preço de custo dos investidores de curto prazo. Essa métrica mostra o valor médio pago por esse grupo para adquirir bitcoin e está atualmente em US$ 92.200. A preservação desse nível também pode desempenhar um papel importante para um movimento de alta.
A Glassnode ainda apontou que a volatilidade realizada semanalmente caiu para 32% ao ano, enquanto a volatilidade implícita de um mês recuou para menos de 50%. Esses números indicam que a movimentação do preço do BTC atingiu um dos patamares mais baixos dos últimos anos.
Historicamente, períodos prolongados de baixa volatilidade no mercado de criptomoedas costumam preceder movimentos bruscos de preço. A contração na volatilidade tende a se reverter à média, o que pode resultar em uma explosão de preço para qualquer um dos lados.
Olhando para esse cenário, o analista Michael van de Poppe apontou que o bitcoin ainda está se consolidando nas áreas mais baixas do intervalo. Sendo assim, ele acredita que a tendência da cripto pode mudar em breve e, se chegarmos aos limites mais baixos, será o momento de fazer uma boa entrada.
Imagem: X/Michael van de Poppe
“Não acho que veremos uma correção profunda de 30-40% nesses mercados”.
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