A senadora estadunidense Elizabeth Warren voltou a criticar o projeto GENIUS Act, voltado para stablecoins. Para ela, a proposta pode abrir caminho para que gigantes da tecnologia criem moedas digitais capazes de vigiar os consumidores — e ainda busquem resgate com dinheiro público se derem errado.
👀 O que está em jogo?
O GENIUS Act pretende estabelecer regras claras para o mercado de stablecoins nos Estados Unidos. Só que, segundo Warren, o texto atual tem brechas perigosas.
Ela aponta que a legislação, se aprovada sem emendas mais rígidas, pode permitir que bilionários como Elon Musk e Jeff Bezos lancem stablecoins, usem os dados de compras dos usuários e tirem do caminho concorrentes menores.
🔒 Privacidade x Poder corporativo
Warren afirmou que o projeto não pode virar uma ferramenta de bilionários para impor seus interesses. “Isso não é segurança para o consumidor, é vigilância corporativa”, escreveu em sua conta na rede social X.
A senadora também criticou o fato de o texto não conter salvaguardas contra um possível colapso dessas moedas. Na prática, se as stablecoins criadas por empresas quebrarem, o prejuízo pode cair no colo dos contribuintes.
🧾 Projeto avança no Congresso
Apesar das críticas, o GENIUS Act segue em tramitação. Na semana passada, o Senado aprovou a moção de encerramento de debates por 68 votos a 30. A votação final deve ocorrer nesta terça-feira, 17 de junho.
Democratas já haviam barrado partes do texto, como os trechos sobre lavagem de dinheiro e emissões corporativas. Mas mesmo após revisões, Warren ainda considera o projeto insuficiente.
💬 Debate público se acirra
A discussão saiu do Congresso e ganhou força nas redes. O advogado cripto John E. Deaton atacou Warren, lembrando que ela já apoiou um CBDC emitido pelo Federal Reserve — que também poderia coletar dados dos usuários.
Já o analista Fred Rispoli defendeu o projeto, argumentando que stablecoins privadas podem quebrar o monopólio dos bancos sobre os hábitos financeiros das pessoas.
No entanto, para Warren, a mensagem é clara: ou o Congresso insere proteções mais fortes, ou estará pavimentando o caminho para uma distopia cripto-corporativa.
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