Emprego fraco nos EUA leva Trump a pedir cabeça de diretora do BLS

Emprego fraco nos EUA leva Trump a pedir cabeça de diretora do BLS
Imagem destaque: ChatGPT

Donald Trump pediu a demissão da diretora da agência responsável pelos dados de emprego dos EUA, acusando manipulação nos números. 

A bronca veio depois que o relatório de julho mostrou menos contratações do que o esperado — e revisões para baixo nos meses anteriores.

📉 Contratações decepcionam e mexem com o mercado

O relatório divulgado nesta sexta apontou 73 mil novas vagas em julho, muito abaixo do ritmo habitual. 

O baque foi maior com as revisões. Os dados de maio caíram de 125 mil para 19 mil e os de junho de 147 mil para 14 mil.

Com isso, o desemprego subiu levemente, de 4,1% para 4,2%, ainda considerado um nível saudável — mas o mercado reagiu mal. Os índices americanos fecharam o dia em queda de 1,5%.

🚨 Trump quer demissão imediata de diretora

Em sua rede social, Trump atacou diretamente Erika McEntarfer, diretora do Bureau of Labor Statistics, nomeada por Biden. Disse que os dados foram “manipulados por razões políticas” e mandou sua equipe demitir a economista.

“Ela será substituída por alguém muito mais competente e qualificado”, escreveu o republicano, afirmando que os dados de empregos são “importantes demais para serem distorcidos”.

🧠 Economistas defendem metodologia e alertam para ruído

Apesar das críticas, especialistas lembram que revisões nos relatórios mensais de empregos são comuns. Segundo o BLS, uma queda de 258 mil nas estimativas de maio e junho combinadas veio de novas informações de folha de pagamento e ajustes sazonais.

Thomas Ryan, economista para América do Norte da Capital Economics, apontou que a média de contratações caiu para apenas 35 mil vagas mensais nos últimos três meses — sinal claro de uma desaceleração no mercado de trabalho.

Já Michelle Bowman, vice-presidente de supervisão do Fed nomeada por Trump, enfatizou: o mercado de trabalho “tem se tornado menos dinâmico e mostra sinais de fragilidade”.

Outro destaque vem de Christopher Rupkey, chief economist da FWDBONDS, que afirmou: “o mercado de trabalho não está entrando em colapso, mas está seriamente ferido”.

E ainda, na visão de Michael Gapen, economista-chefe dos EUA no Morgan Stanley, o declínio da participação na força de trabalho, resultado de políticas migratórias e aposentadorias aceleradas, contribui para manter o desemprego relativamente estável — mascarando a fragilidade real do mercado.

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