Empresa usa exchange de criptomoedas para lavar lucros de tráfico de drogas

Empresa usa exchange de criptomoedas para lavar lucros de tráfico de drogas

A Polícia Civil de São Paulo desencadeou  uma megaoperação na última terça-feira (6), cumprindo 20 mandados de prisão e 60 de busca e apreensão em várias cidades do estado. Além disso, a Justiça ordenou o bloqueio de R$8 bilhões em bens dos investigados.

A operação surgiu após a prisão de uma mulher em Itaquaquecetuba, acusada de ser a responsável por armazenar cerca de 30 quilos de drogas e de manter a comunicação entre membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). As investigações apontam que ela é esposa de um integrante da cúpula da facção e desempenhava um papel importante na transmissão de informações entre os presídios e as ruas.

Durante a operação, a polícia descobriu um esquema de lavagem de dinheiro, envolvendo a utilização de empresas para legalizar os lucros do tráfico de drogas. Foi identificado o uso de uma exchange de criptomoedas e um banco virtual que movimentaram R$500 milhões. Na sede da empresa em São Paulo, foram apreendidos cheques totalizando R$55 milhões. A empresa estava registrada no nome de uma jovem de 23 anos, filha de uma candidata a vereadora em Mogi das Cruzes. 

Além disso, a investigação apontou que advogados estavam sendo usados como mensageiros entre os líderes da organização. A rede de comunicação incluía o envio de cartas e o uso de mensagens por aplicativos como o WhatsApp. Este esquema tinha como objetivo o financiamento de campanhas eleitorais de candidatos apoiados pela facção em várias cidades da Grande São Paulo.

Até o momento, 13 pessoas foram detidas, e a polícia apreendeu 20 celulares, sete veículos, três armas de fogo, R$29,6 mil, além de diversos relógios de luxo. Entre os alvos não encontrados, destacam-se Patric Ueliton Salomão, conhecido como Forjado ou Xuxu, e Décio Gouveia Luis, o Décio Português, ambos considerados figuras de destaque dentro do PCC.

Fonte: CNN Brasil

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