O interesse corporativo pelo bitcoin (BTC) ganhou força no início de 2025. Segundo levantamento da gestora de ativos digitais Bitwise, empresas de capital aberto aumentaram em 16% o volume de BTC em seus balanços durante o primeiro trimestre deste ano. No total, foram adicionados 95.431 BTC ao portfólio dessas companhias entre janeiro e março.
Com isso, o número total de bitcoins mantidos por empresas listadas em bolsa chegou a 688 mil unidades, o equivalente a 3,28% de toda a oferta máxima de 21 milhões de BTC.
Além da alta no volume acumulado, o número de empresas com exposição direta à criptomoeda primária também cresceu. Doze companhias passaram a deter bitcoin pela primeira vez, elevando o total de empresas públicas com BTC para 79 — um crescimento de quase 18% no trimestre.
Entre os estreantes, o destaque ficou com a construtora Ming Shing, de Hong Kong, que fez sua primeira alocação na cripto com a compra de 833 BTC entre janeiro e fevereiro.
A empresa é subsidiária da Lead Benefit e tem ações negociadas na Nasdaq. A plataforma canadense de vídeos Rumble também entrou no jogo, adquirindo 188 BTC em março, enquanto a firma HK Asia Holdings, também de Hong Kong, comprou um único bitcoin. A Matador Technologies, por sua vez, adicionou 29 BTC à sua reserva.
Mesmo compras modestas causaram impacto no desempenho de algumas dessas empresas na bolsa. Para exemplificar, as ações da HK Asia chegaram a dobrar de valor após a divulgação da aquisição de um único BTC.
No entanto, apesar do aumento no número de bitcoins adquiridos, o valor total em dólar desses ativos cresceu apenas 2,15%, atingindo US$ 57 bilhões. O motivo está na desvalorização do BTC ao longo do trimestre, que iniciou 2025 cotado a US$ 93 mil e terminou março na faixa dos US$ 82.445.
Leia mais: ETFs de Bitcoin interrompem sequência de saídas e movimentam US$ 2,16 bilhões em um dia
