O cofundador da Solana (SOL), Anatoly Yakovenko, propôs a criação de uma “meta blockchain” — uma espécie de supercamada que conversa com várias blockchains ao mesmo tempo. A ideia é reunir informações de diferentes redes e organizá-las em uma única linha do tempo clara e padronizada.
Como funciona o sistema atual e o que mudaria
Hoje, cada blockchain funciona de forma independente. Se você faz uma transação no Ethereum (ETH), por exemplo, ela fica registrada apenas lá. A meta blockchain proposta por Yakovenko mudaria isso, permitindo que os dados sejam publicados em qualquer rede e depois organizados com base em uma regra comum. É como se vários livros estivessem sendo escritos ao mesmo tempo, mas a meta blockchain fosse capaz de juntar todas as páginas em uma única história, sem bagunça.
Um dos principais benefícios da meta blockchai é a economia de custos. Aplicativos e usuários poderiam escolher, no momento da transação, a rede que estiver oferecendo o serviço de armazenamento de dados mais barato. Imagine como escolher o supermercado mais em conta antes de fazer suas compras. Isso tornaria as operações muito mais eficientes, principalmente para projetos que dependem de muitos dados ou que operam entre diferentes blockchains (como os rollups ou agregadores).
Funciona assim: cada transação da meta blockchain, chamada de MetaTX, adicionaria informações sobre os últimos blocos registrados nas outras redes, garantindo que a ordem das transferências respeite o que aconteceu em cada uma dessas blockchains. Por exemplo, se uma transação no Ethereum ocorreu antes da transação da Solana, essa ordem será mantida.
A discussão sobre descentralização
Um desenvolvedor chamado Belac levantou a ideia de um sistema diferente, parecido com o torrent, onde os usuários guardariam pedaços da história das transações e ganhariam por isso. No entanto, Yakovenko respondeu que essa não era a intenção da proposta, pois a meta não é criar uma rede de armazenamento descentralizada, mas sim usar uma regra comum de organização para juntar os dados, independentemente de onde eles estão.
Na visão do cofundador da Solana, essa meta blockchain tornaria o trabalho dos desenvolvedores muito mais fácil: eles escreveriam o código de seus aplicativos uma vez, poderiam postar em qualquer rede e ainda assim teriam acesso a um histórico organizado. É como publicar um vídeo em várias redes sociais ao mesmo tempo, mas receber os comentários todos em um só lugar, sem confusão.
Yakovenko também comentou que os protocolos Layer 1 precisam ser flexíveis para permitir que os aplicativos cresçam com liberdade. Se uma blockchain impõe muitas restrições, os projetos tendem a sair dela em busca de melhores condições.
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