O primeiro-ministro do Paquistão, Muhammad Shehbaz Sharif, afirmou neste sábado (10) que os ataques realizados contra a Índia foram uma resposta coordenada e de grande impacto às ações militares do país vizinho. Segundo ele, os bombardeios tiveram como alvo instalações utilizadas em ofensivas anteriores contra bases próximas à capital paquistanesa, Islamabad.
O exército do Paquistão apontou que a operação “Banyan al-Marsous” foi desencadeada em retaliação aos ataques indianos ocorridos nas primeiras horas de sábado. Islamabad acusa Nova Deli de ter lançado mísseis e drones contra diversas instalações, entre elas a Base Aérea Noor Khan, o que teria provocado a morte de civis.
Horas após o anúncio da ofensiva paquistanesa, foram registrados relatos de explosões em regiões administradas pela Índia na Caxemira. Até o momento, não há confirmação oficial sobre a origem dos estrondos.
“Hoje demos uma resposta retumbante à agressão não provocada da Índia e vingamos o sangue dos inocentes. Temos orgulho de nossas forças armadas”, declarou Sharif em nota oficial.
O ataque que deu início à crise
A Índia lançou ataques contra o Paquistão em 6 de maio de 2025, como parte da “Operação Sindoor”, em resposta ao atentado ocorrido em 22 de abril de 2025 em Pahalgam, na Caxemira. Nesse ataque, 26 civis, principalmente turistas hindus, foram mortos por militantes armados. A Índia atribuiu a responsabilidade à Frente de Resistência (TRF), grupo ligado ao Lashkar-e-Taiba, organização baseada no Paquistão.
Em retaliação, o país realizou ofensivas aéreas e com mísseis contra nove alvos no território rival e na Caxemira administrada pelo Paquistão, alegando que eram infraestruturas terroristas utilizadas para planejar investidas contra seu território.
Sinais de possível trégua
Apesar da escalada, ambos os lados demonstram disposição para cessar as hostilidades, desde que o outro também o faça. A Índia enfatizou que os ataques foram precisos, evitando alvos civis e militares paquistaneses, e que não buscava escalada do conflito. O Secretário de Relações Exteriores indiano, Vikram Misri, declarou que o país estava pronto para desescalar, desde que o Paquistão cessasse suas agressões.
Além disso, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, participou de uma conversa telefônica com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na qual discutiram a necessidade de esforços conjuntos para reduzir as tensões entre os dois países. Durante essa conversa, Sharif indicou que o Paquistão está aberto à desescalada, desde que haja reciprocidade por parte da Índia e ambos se comprometam com o diálogo e a contenção.
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