Escândalo eleitoral no Pará: Eleitor é flagrado usando óculos com câmera para venda de votos

Escândalo eleitoral no Pará: Eleitor é flagrado usando óculos com câmera para venda de votos
Canva IA

Na cidade de Ourilândia do Norte, no Pará, houve um escândalo eleitoral, onde práticas de venda de votos foram registradas. O caso ganhou destaque quando um eleitor foi flagrado usando óculos com câmera embutida para garantir que seu voto, vendido por R$ 200, fosse contabilizado para o candidato a vereador Edivaldo Borges Gomes, conhecido como Irmão Edivaldo.

Durante o pleito, a mesária de uma seção eleitoral notou um eleitor usando óculos com uma espessura incomum. Após investigar, descobriu que se tratava de um dispositivo de gravação, o que a fez alertar as autoridades eleitorais.

Uma adolescente, que também estava com um par semelhante, disse que recebeu uma oferta em dinheiro para votar em Irmão Edivaldo, sendo instruída a comprovar seu voto por meio da gravação.

O candidato foi detido em flagrante e, embora tenha sido liberado após o pagamento de fiança, enfrenta acusações de compra de votos e formação de quadrilha. Em sua defesa, ele se manifestou na Câmara Municipal, buscando deslegitimar as alegações contra ele.

Mais fraudes nas eleições de 2024

Em outra parte do país, em Nova Olinda do Maranhão, a disputa pela prefeitura também foi marcada por denúncias de compra de votos.

O candidato Ary Menezes, do PP, venceu por uma margem mínima de apenas dois votos, em uma eleição que levantou suspeitas de práticas ilegais. Vários eleitores, após a votação, confessaram ter vendido seus votos e relataram ameaças de represálias por parte de aliados do vencedor.

Um eleitor, Danilo Santos, disse que recebeu propostas de troca de materiais de construção por seu voto e, ao não receber o prometido, foi alvo de ameaças. Outro relato veio de Luciane Souza Costa, que também enfrentou intimidações após se recusar a votar em candidatos vinculados ao prefeito eleito.

O prefeito eleito, Ary Menezes, se manifestou afirmando que a compra de votos compromete a democracia e se colocou à disposição para colaborar com as investigações. Ronildo da Farmácia, seu vice, negou as acusações e defendeu a integridade da campanha.

O Ministério da Justiça informou que, entre agosto e outubro deste ano, foram registrados mais de 700 casos de compra de votos em todo o Brasil.

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