Anthony Sassano, educador e defensor do Ethereum (ETH), questionou na rede social X a possibilidade de a altcoin alcançar o mesmo patamar de adoção que o Bitcoin (BTC) se tivesse um defensor de alto perfil, como Michael Saylor, promovendo o ETH.
Saylor e sua empresa MicroStrategy são associados ao movimento de adoção em massa do BTC e não é para menos. Afinal, as compras de bitcoin pela companhia frequentemente ultrapassam a marca de bilhões de dólares.
Além disso, a MicroStrategy tem em sua posse 423.650 unidades de BTC. Essas aquisições contribuíram para o excelente desempenho das ações da empresa em 2024.
Mas será que veremos esse mesmo interesse no Ethereum?
Sem dúvida, um defensor de peso poderia alavancar o ETH, principalmente se ele utilizasse estratégias estruturadas da plataforma de contratos inteligentes, como incentivos de staking, mecanismos de empréstimo e integração de rendimentos.
Com essa visão, alguns investidores do Ethereum até sugeriram nomes que poderiam começar a criar um movimento de grandes compras da altcoin. Um dos mais citados foi Samir Tabar, CEO da Bit Digital, pois sua empresa utiliza mineração de Bitcoin para acumular ETH, já promovendo a cripto indiretamente.
Desafios de uma figura central no ecossistema Ethereum
Apesar do lado positivo, existem, sim, riscos de uma influência centralizada na oferta circulante do Ethereum. Para exemplificar, atualmente, a MicroStrategy detém 2,1% do fornecimento total do bitcoin.
Se a empresa decidisse vender a cripto agora, certamente causaria uma grande turbulência no mercado e algo parecido poderia acontecer com o ETH, a depender da concentração da altcoin nas mãos de grandes players.
Outro ponto importante é que o Ethereum possui características únicas que tornam difícil replicar a abordagem adotada pela MicroStrategy com o BTC. Isso porque a grande quantidade de tokens emitidos no pré-lançamento do ETH, por exemplo, pode ser um obstáculo para atrair entidades com apetite semelhante ao da empresa de Saylor.