O governo dos Estados Unidos está finalizando um acordo comercial provisório com a Índia que pode estabelecer tarifas abaixo dos 20%.
A informação vem de fontes próximas ao processo e mostra que Nova Délhi tenta evitar o impacto das novas medidas protecionistas de Trump — que já atingiram Vietnã, Filipinas e Laos.
Se concretizado, o acordo colocaria a Índia em uma lista restrita de países que conseguiram negociar com a Casa Branca antes do prazo final de 1º de agosto, quando as novas tarifas começam a valer.
🤝 Acordo provisório antes da pancada
Ao contrário de outras nações que receberam cartas com exigências formais de tarifas, a Índia espera um comunicado direto, sem ultimatos.
A proposta inicial dos EUA era de 26% de imposto sobre produtos indianos, mas esse número pode cair para algo abaixo de 20%, com espaço para negociações futuras.
O texto do acordo vai definir uma base, mas deixa brechas para ajustes no pacto final previsto para o segundo semestre.
🔥 Trump impõe tarifas pesadas e isola poucos parceiros
Nesta semana, Donald Trump aumentou a tensão no comércio global ao divulgar tarifas de até 50% para dezenas de países. Na Ásia, a nova faixa varia de 20% para o Vietnã e as Filipinas até 40% para Laos e Mianmar.
Enquanto isso, o Reino Unido é o único país que teve um acordo formalmente anunciado até agora — além da possível inclusão da Índia.
O Vietnã, por exemplo, ainda tenta negociar uma redução da tarifa de 20%.
🌾 Disputa travada em temas sensíveis
Apesar dos avanços, há pontos que travam o fechamento do acordo. O principal é que os EUA querem que a Índia aceite a entrada de produtos geneticamente modificados, proposta que o governo indiano já descartou por questões de segurança alimentar.
Também seguem sem consenso as exigências estadunidenses sobre barreiras regulatórias no setor farmacêutico e questões sanitárias na agricultura.
Mesmo assim, a Índia já apresentou sua oferta final e aguarda nova rodada de conversas em Washington nas próximas semanas.
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