Líderes da União Europeia pediram urgência para tornar o euro digital uma realidade até 2029. O Banco Central Europeu já concluiu a fase de preparação e agora parte para os testes técnicos.
Com o avanço dos pagamentos digitais e a queda no uso de dinheiro físico, a União Europeia quer garantir que todos tenham acesso a um meio de pagamento público, seguro e amplamente aceito.
🔍 Da pesquisa à prática: o que já foi feito
Desde 2021, o projeto passou por fases de investigação e preparação. Entre os resultados alcançados estão o desenvolvimento de um esboço do manual de regras, a seleção de fornecedores de tecnologia e a realização de testes com bancos, fintechs e comerciantes.
A ideia é garantir que o euro digital funcione mesmo em situações de crise, como queda de internet ou energia.
A proposta também leva em conta acessibilidade. O aplicativo do euro digital foi pensado para ser usado por pessoas com deficiência, baixa familiaridade digital ou dificuldades de aprendizado.
O sistema prevê desde suporte presencial até funções offline, usando tecnologias eSIMs e chips criptografados.
💬 Consultas públicas e feedback do mercado
Ao longo do projeto, o BCE ouviu consumidores, comerciantes, empresas de tecnologia e instituições públicas. A maioria dos cidadãos demonstrou interesse em testar o euro digital.
Já os pequenos comerciantes veem no novo sistema uma chance de reduzir taxas de transação e melhorar a integração com seus sistemas atuais.
Os testes também mostraram que há demanda por inovações como pagamentos condicionais.
Um exemplo prático seria pagar uma passagem de trem apenas quando ele chegasse no horário previsto, com o dinheiro reservado sendo liberado automaticamente.
📊 Custos, prazos e próximos passos
O custo estimado para desenvolver o euro digital até 2029 gira em torno de €1,3 bilhão, com operação anual projetada em €320 milhões.
O BCE pretende iniciar pilotos já em 2027. No entanto, a emissão oficial só poderá ocorrer após aprovação da legislação europeia, prevista para 2026.
O modelo adotado permitirá escalonamento gradual, com foco inicial nos casos de uso mais relevantes, como pagamentos pessoa a pessoa, lojas físicas e e-commerce. O sistema será construído em módulos para facilitar ajustes conforme o avanço das discussões no Parlamento Europeu.
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