A Anthropic, rival direta da OpenAI, alcançou um novo patamar: sua receita anualizada chegou a US$ 4 bilhões, segundo apuração do The Information.
O número impressiona — mas o que vem por trás dele diz ainda mais sobre a disputa acirrada que está moldando o mercado de inteligência artificial.
Além do faturamento, a empresa passou a ser um dos principais polos de talentos da área, alimentando um mercado onde salários milionários se tornaram regra para manter os melhores cérebros por perto.
🚀 Claude Code perde líderes, mas Anthropic segue forte
Dois dos principais nomes por trás do Claude Code, ferramenta de IA voltada para programadores, foram contratados pela Anysphere — empresa que desenvolve o app Cursor, um dos principais clientes da Anthropic.
Boris Cherny, ex-líder técnico do Claude Code, assume agora como arquiteto-chefe da Anysphere. Cat Wu, ex-gerente de produto da ferramenta, também migra e será a nova head de produto da companhia.
Os dois disseram que vão trabalhar em recursos “parecidos com agentes”, mirando um futuro onde a IA faz cada vez mais o papel de co-piloto do desenvolvedor.
💼 Guerra de salários: IA virou o novo Vale do Silício
A migração de talentos não é à toa. Segundo registros federais obrigatórios para contratação de estrangeiros com visto H-1B, divulgados pelo Business Insider, Anthropic, OpenAI e outras empresas de IA estão dispostas a pagar entre US$ 300 mil e US$ 690 mil por ano para manter especialistas técnicos nos Estados Unidos.
A OpenAI, por exemplo, já desembolsa até US$ 530 mil anuais para manter 29 profissionais com visto de trabalho. A Thinking Machines Lab, fundada pela ex-CTO da OpenAI Mira Murati, também entrou na disputa oferecendo até US$ 500 mil por cabeça.
🔍 Google: será que vai repetir o destino do Yahoo?
Enquanto startups como Anthropic e Scale AI sobem a ladeira, o Google enfrenta um desafio duplo: manter relevância no mercado de IA e não perder terreno no seu território original — a busca.
Segundo a Similarweb, o ChatGPT já abocanha 80,1% da fatia de mercado em IA generativa, enquanto o Google fica com apenas 5,6%. A comparação com o Yahoo, que hoje mal chega a 3% do mercado de buscas, soa como um alerta.
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