A ata divulgada nesta quarta-feira, 8 de outubro, mostra que o Federal Reserve (Fed) está dividido sobre os próximos passos da política monetária. Apesar de quase todos os dirigentes concordarem com o corte de 0,25 ponto percentual em setembro, a reunião foi marcada por sinais mistos da economia e cautela nas decisões futuras.
Os dirigentes destacaram que a criação de empregos perdeu fôlego e que a taxa de desemprego registrou uma leve alta.
Do lado das empresas, o clima de incerteza e o crescimento mais moderado da economia influenciam as contratações.
Ainda assim, o consenso é de que o mercado de trabalho permanece relativamente estável, sem sinais de um enfraquecimento profundo.
📉 Inflação segue pressionada no curto prazo
Segundo a ata, os dirigentes esperam que a inflação se mantenha elevada por mais algum tempo.
A expectativa é que os preços voltem gradualmente ao patamar desejado ao longo do próximo ano.
Alguns participantes relataram que empresas já vêm repassando custos maiores causados pelas tarifas.
Mesmo assim, a maioria acredita que o mercado de trabalho não será um fator relevante para pressionar ainda mais os preços.
🏦 Discussões sobre o fim do aperto no balanço começam a surgir
Embora não tenha sido o foco da reunião, o documento mostra que o Fed já começa a considerar a possibilidade de encerrar o programa de redução do balanço patrimonial.
Economistas do Citibank apontam que o aperto nas condições de financiamento aponta que o programa pode estar próximo do fim natural.
Mas a ata sugere que essa discussão ainda está no início.
Os dados apresentados pelo Fed de Nova York destacam que o sistema bancário ainda dispõe de reservas confortáveis, o que tira a urgência de uma decisão.
🧭 Fed mantém cautela sobre novos cortes
Mesmo com o corte realizado em setembro, o documento reforça que os dirigentes ainda não têm consenso sobre o ritmo dos próximos ajustes.
A maioria vê espaço para mais afrouxamento até o fim do ano, mas alguns alertam que a política atual pode não estar tão restritiva quanto parece.
Parte dos membros acredita que, se a inflação demorar a ceder, as expectativas para os preços no longo prazo podem sair do controle. Isso explica por que alguns defendiam a manutenção da taxa ou cortes mais suaves.
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