Nos últimos anos, o Bitcoin (BTC) demonstrou seu impacto transformador no mundo financeiro, alcançando uma capitalização de mercado de US$ 1,3 trilhão e atraindo milhões de usuários ao redor do mundo.
No entanto, mesmo com esse crescimento, muitos ainda veem a criptomoeda com desconfiança, com críticos afirmando que ela seria uma ferramenta para atividades ilícitas ou uma aposta especulativa sem garantias de sobrevivência no sistema financeiro global.
Mas essa visão vem enfraquecendo à medida que o Bitcoin ganha espaço no setor institucional.
Investidores institucionais e sua força no mercado do Bitcoin
Se antes o BTC era majoritariamente apoiado por entusiastas individuais, agora grandes instituições financeiras e fundos de hedge também estão explorando a cripto como uma forma de proteção contra a instabilidade econômica.
Um exemplo disso é a postura de Larry Fink, CEO da BlackRock, que passou de cético a defensor da criptomoeda, prevendo que o Bitcoin se torne uma classe de ativos autônoma, comparável a outros grandes produtos financeiros, como o mercado de hipotecas ou títulos de alto rendimento.
A entrada da gestora de ativos no mercado do BTC, com o lançamento de um ETF spot de Bitcoin em janeiro de 2024, mostra como o movimento de adoção em larga escala tende a continuar crescendo.
Os fundos da criptomoeda primária já atraíram mais de US$ 23 bilhões em ativos, superando até mesmo a popularidade dos ETFs de ouro, fortalecendo a previsão do Standard Chartered, que acredita que o BTC pode atingir US$ 200 mil em 2025.
MicroStrategy também merece atenção
Outro ponto importante dessa transformação foi a iniciativa da MicroStrategy, liderada por Michael Saylor.
A empresa foi pioneira ao adotar o Bitcoin como uma estratégia central de tesouraria, convertendo suas reservas de caixa em BTC como forma de se proteger contra a desvalorização das moedas fiduciárias.
Essa abordagem posicionou a MicroStrategy como um exemplo para outras corporações, além de gerar um novo modelo de gestão de ativos, conhecido como o “playbook da MicroStrategy”, onde a companhia utiliza dívida conversível para financiar suas aquisições da criptomoeda.
Esse modelo de acumulação de Bitcoin tem sido descrito como um “truque infinito de dinheiro”, estratégia que combina a alta liquidez global com a escassez inerente do Bitcoin para gerar valor em um cenário financeiro complexo.
A Forbes apontou que, embora o Bitcoin já tenha se provado um dos ativos de melhor desempenho da última década, o potencial de crescimento futuro é enorme.
“Se o Bitcoin continuar a ser adotado por instituições, governos e corporações, ele pode facilmente rivalizar ou superar a capitalização de mercado do ouro e até mesmo, um dia, se tornar uma classe de ativos de US$ 100 trilhões”.
