Do Kwon, ex-CEO do projeto cripto Terra (LUNA) pediu que sua pena nos Estados Unidos não ultrapasse cinco anos. O pedido foi entregue pela defesa poucos dias antes da sentença que será anunciada em 11 de dezembro, em Nova York.
Para os advogados, o limite de cinco anos seria suficiente diante do período em que o fundador já permaneceu detido e do impacto que ele próprio teria vivido desde o colapso.
Kwon se declarou culpado em agosto, evitando julgamento. O acordo com os promotores prevê que o governo estadunidense não peça uma pena superior a doze anos. Mesmo assim, a defesa afirma que esse número seria pesado demais.
O documento apresentado ao tribunal lembra que Kwon passou quase três anos preso, sendo que boa parte desse tempo ocorreu em Montenegro, onde ele permaneceu em condições duras após ser detido por usar um passaporte falso.
Além disso, os advogados citam a perda de bens e o valor superior a US$ 19 milhões que ele aceitou entregar no acordo. Para eles, esse conjunto já representa um impacto suficiente.
🟪 Risco de nova condenação na Coreia do Sul
Kwon ainda será julgado na Coreia do Sul. Promotores do país pediram uma pena que pode chegar a quarenta anos. A defesa nos EUA diz que essa chance também deve ser levada em consideração.
Outro ponto sensível reapareceu na petição entregue ao tribunal. O texto reconhece que Kwon não comunicou aos investidores um acordo secreto com a Jump Trading em 2021, usado para manter a estabilidade do UST.
🟧 A queda de 2022 e a responsabilidade atribuída
O colapso do TerraUSD e da LUNA foi um dos maiores desastres da história das criptomoedas. A defesa tenta reenquadrar esse momento afirmando que a queda também ocorreu porque empresas externas exploraram fragilidades do sistema, realizando operações coordenadas que aceleraram a implosão.
O tribunal federal de Manhattan dará a palavra final em poucas semanas. A expectativa dos advogados é que o histórico de detenção, a cooperação e o impacto pessoal vivido por Kwon pesem na decisão.
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